A comissão de inquérito parlamentar que acompanha o processo de nacionalização do BPN vai ouvir esta quarta-feira, às 20h30, Luís Caprichoso, o ex-braço direito de Oliveira e Costa, que recusou ir ao Parlamento, invocando a condição de arguido do Banco de Portugal.
Após insistência da comissão, o ex-administrador da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) concordou em estar presente na comissão, mas não é certo que aceda a responder às perguntas dos deputados.
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José Luís Caprichoso, que na SLN tinha o pelouro da área não financeira e da consolidação das contas do grupo, é actualmente o administrador da empresa de consultadoria Plexpart.
No Parlamento, e em declarações à agência Lusa, José Luís Caprichoso foi apontado como um dos criadores da rede de off-shores do Banco Português de Negócios (BPN) através da empresa Planfin.
O ex-director de Operações do BPN António Franco disse esta quarta-feira à Lusa que José Luís Caprichoso, administrador da SLN, ordenava a «grande maioria» das operações para o Banco Insular de Cabo Verde, um dos veículos responsáveis pelo «buraco» no banco português.
Para além de José Luís Caprichoso, a comissão parlamentar de inquérito à nacionalização em Novembro de 2008 do BPN ouve também Fernando Cordeiro, estando prevista para quinta-feira a audição de Pedro Guimarães, todos altos quadros do grupo.
Fernando Cordeiro, o primeiro a ser inquirido pelos deputados, é accionista da SLN.
Na quinta-feira, em hora ainda a definir, os deputados vão pedir esclarecimentos a Pedro Guimarães, administrador executivo da BPN Crédito - Instituição Financeira de Crédito.
Na terça-feira, a audição de António Franco, ex-administrador do BPN, decorreu à porta fechada, tendo sido o primeiro responsável a repetir a presença perante os deputados para esclarecimentos adicionais sobre as razões que levaram à nacionalização do banco.
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