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Empresas portuguesas deslocalizam produção para Marrocos

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Duas empresas portuguesas dos sectores do calçado e têxtil, Sozé e Confetil, deslocalizaram a sua produção para Marrocos, onde a mão-de-obra é mais barata, tornando-se assim mais competitivas.

A proximidade é «sem dúvida» um dos pontos mais fortes deste país do Magrebe consideram ambas as companhias.

Segundo o responsável pelo grupo português de calçado Sozé, Vasco Sampaio a empresa abriu uma unidade produtiva própria em Casablanca, uma das maiores cidades marroquinas, em 2004/2005, no âmbito da reestruturação empresarial que levou ao encerramento de uma das suas duas fábricas portuguesas, disse à «Agência Lusa».

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Actualmente a unidade fabril em Marrocos tem 50 trabalhadores, mas a Sozé prevê um grande crescimento desta unidade nos próximos dois a três anos.

«Vamos investir já a partir de Julho no reforço das linhas de montagem em valores seguramente superiores a 500 mil euros, a que acrescem os 750 mil euros já investidos no local», disse Vasco Sampaio.

Este responsável explicou ainda que a empresa optou por Marrocos por estar mais perto de Portugal, uma vez que a sua dimensão ainda não permite que rume em direcção a países como a China e a Índia

«Entre Marrocos, Tunísia ou Leste da Europa, optámos por Marrocos, porque é mais perto», justificou o empresário, recomendando aos seus concorrentes que também façam o mesmo, até porque a maioria da indústria de calçado espanhola já lá está.

A mesma opinião é partilhada pelo presidente da empresa de fabrico e confecção de vestuário de malha Confetil (Maia), Alain Piccioto, que há cerca de quatro cinco anos decidiu deslocalizar para Marrocos, onde concentra toda a parte da confecção em regime de sub-contratação

«Decidimos apostar em Marrocos em primeiro lugar, obviamente, por uma questão do custo de mão-de-obra, em segundo lugar pela localização próxima de Portugal», explicou Alain Piccioto.

O primeiro-ministro, José Sócrates, visita entre esta segunda-feira e terça-feira, Rabat, capital de Marrocos, para participar na IX Cimeira Luso- Marroquina, cuja agenda será dominada pela cooperação económica entre os dois países e pela cimeira entre a União Europeia e África, que decorrerá este ano.

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