O Governo pretende lançar as obras apenas em 2009, num único concurso público, e a JMP, apoiada em estudos da própria empresa Metro do Porto, entende que a expansão pode ser feita faseadamente, a começar já este ano, avança a «Lusa».
A Junta Metropolitana do Porto recebe hoje, na sua sede na capital nortenha, o titular da pasta dos Transportes numa reunião, à porta fechada, que visa tentar desbloquear as várias questões que separam os autarcas nortenhos e o Governo.
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«A questão do timing das obras é a que mais nos separa», admitiu quarta-feira o presidente da JMP, Rui Rio, no final de uma reunião da estrutura que congrega 14 municípios do Grande Porto e onde foi aprovado um documento, depois enviado ao Governo.
Rio não divulgou detalhes do documento, «para que o Governo o não conheça pelos jornais», mas os estudos que apoiaram a contraproposta da JMP sustentam que a expansão poderia começar já em Novembro com a linha de Gondomar.
Ainda assim, Rui Rio admitiu então alguma dilatação nos prazos que a JMP propõe para expansão da rede, após nova consulta à Metro do Porto, e «caso se confirme que os prazos são muito ambiciosos».
A contraproposta dos autarcas - que contempla também soluções para o modelo de gestão e financiamento - surge na sequência de uma reunião, que mantiveram no passado mês de Fevereiro com o ministro das Obras Públicas.
Durante esse encontro, Mário Lino questionou o actual modelo de gestão, defendendo uma maioria de capital do Estado e uma gestão mais técnica, e apresentou um novo calendário de obras.
Além de remeter a expansão da rede para 2009, o Governo quer passar a controlar a empresa, actualmente detida em 60 por cento pela JMP.
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