Durão Barroso disse esta sexta-feira, em Lisboa, que a Europa tem de ter mais integração e que até «poderá sair da crise mais forte». Já Portugal enfrenta uma «situação extremamente difícil». Até meados do ano que vem a «situação será negativa».
O presidente da Comissão Europeia reagia a uma hipotética fragmentação da Europa, à margem de uma conferência sobre o ensino superior, que decorreu hoje em Lisboa. Isto porque esta semana, a imprensa internacional noticiou encontros entre altos funcionários alemães e franceses com vista à criação de um «núcleo duro» dentro da União Europeia , uma ideia que já foi classificada pelo presidente do Eurogrupo como «uma estupidez».
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Depois de garantir que «não acredita numa Europa a duas velocidades», Barroso assegurou ainda que os cortes errados [nas despesas] poderão levar a Europa para «uma recessão profunda».
«Todos sabemos que a consolidação orçamental e as reformas estruturais são necessárias para estabilizar as nossas economias, mas sabemos também que a realização de cortes errados nas despesas pode simplesmente fazer a Europa entrar em recessão»,sublinhou.
Para o presidente da CE, se a Europa quer emergir mais forte da conjuntura actual, tem «mais do que nunca» de incentivar o crescimento económico inteligente, assente nas «forças motrizes do conhecimento e da inovação». Esta é, defendeu, a «única forma de se construir uma economia mais sustentável» para o futuro.
O responsável destacou ainda que um em cada cinco jovens europeus não consegue encontrar trabalho e que o modelo social vigente depende da actual geração ser ou não financeiramente capaz de suportar o envelhecimento da população.
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