Os trabalhadores gregos do sector ferroviário cumprem esta terça-feira uma greve de 24 horas contra a redução de funcionários prevista no âmbito da privatização parcial da rede ferroviária da Grécia. Os sindicatos que convocaram a paralisação contestam também a política salarial do Governo de Atenas.
O país tem vivido, nas últimas semanas, grandes momentos de contestação contra o plano de austeridade do governo.
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O primeiro ministro grego disse ontem, segunda-feira, em Oslo, compreender as manifestações que têm decorrido nos últimos tempos. Reconheceu até que podia ser um manifestante se não ocupasse o cargo que tem, escreve a agência Lusa.
Ainda assim, Georges Papandreou garante que o diálogo entre empregadores, trabalhadores e autoridades ainda não foi interrompido, o que permite responsabilizar a população e mobilizá-la para tentar sair da grave crise económica em que o país se encontra.
De acordo com informações da polícia grega, cerca de 20 mil manifestantes desfilaram Domingo nas ruas de Salónica, segunda cidade do país, em resposta a um apelo dos principais sindicatos e partidos de esquerda para protestar contra as medidas de austeridade decididas pelo Governo.
Papandreou está convicto de que o governo está no bom caminho para manter os seus compromissos de reduzir em 40 por cento o défice orçamental no final do ano, em conformidade com as condições colocadas pelos países da Zona Euro e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para emprestarem a Atenas 110 mil milhões de euros em três anos.
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