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Grécia vende ilhas para vencer a crise

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Tentativa «desesperada» para pagar dívidas surge numa altura em que financiamento ao país pode ficar comprometido

Uma tentativa de último recurso; uma manobra «desesperada» para contornar a crise. A nova estratégia da Grécia para sair do abismo financeiro em que se encontra passa agora por vender ou oferecer concessões a longo prazo de algumas das suas cerca de 6 mil ilhas espalhadas pelo Mediterrâneo.

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Mykonos, um dos principais destinos turísticos da Grécia, é um dos locais que estão à venda, segundo apurou o jornal «The Guardian». Um terço da área desta ilha é da propriedade do Governo, que está à procura de um comprador disposto a injectar capital e desenvolver um complexo turístico de luxo, disse uma fonte próxima das negociações, ao mesmo jornal.

Mas não é só esta ilha que está na mira dos investidores. Os potenciais compradores, na sua maioria russos e chineses, também mostraram interesse nas propriedades do Governo na ilha de Rhodes. O bilionário dono do clube de futebol Chelsea, Roman Abramovich, está entre os interessados, garante o jornal, embora um porta-voz do clube tenha negado a intenção de investir.

Ilhas à venda por menos de 2 milhões de euros

Uma década depois de gastos excessivos e um mês depois de ter sido ajudada em 110 mil milhões de euros pela União Europeia e pelo FMI, a Grécia continua a não convencer. Os mercados financeiros mantêm-se desconfiados em relação às contas públicas gregas. Aliás, o risco de incumprimento da dívida soberana da Grécia disparou esta sexta-feira para um novo recorde.

Por isso, vender uma ilha, ou convencer um membro do jet-set internacional a aceitar um contrato de arrendamento de longa duração, serviria de trampolim para dar uma nova dinâmica aos cofres estatais. A ilha de Nafsika, por exemplo, está à venda, no site Private Islands, por 15 milhões de euros. Mas muitas que custam menos de 2 milhões.

Do total de 6 mil ilhas gregas, apenas 227 estão povoadas. O Governo tem tido crescentes dificuldades em desenvolver infra-estruturas para a maioria delas. Daí que a venda ou a concessão de alguns daqueles «pedaços» de terra poderá vir a impulsionar mais actividade económica, gerar infra-estruturas e receitas fiscais nos muitos recantos gregos espalhados pelo Mediterrâneo.

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