O Estado é o sector da economia com maiores necessidades de financiamento. Prova disso é que o défice das administrações públicas atingiu os 9,4% em Setembro, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística.
E, embora represente uma ligeira descida face aos 9,5% do final do primeiro semestre, este valor continua a ser claramente acima da meta do défice prevista para o final do ano (de 7,3%) e prometida a Bruxelas e aos mercados financeiros.
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Para manter os seus compromissos, o Governo conta com a receita extraordinária do fundo de pensões da Portugal Telecom.
A transferência do fundo do grupo para o Estado permitiu um encaixe de 2,8 mil milhões de euros.
Do lado das famílias, há uma redução da poupança, o que pode ser exemplificado com um maior aumento do consumo face aos rendimentos disponíveis.
As empresas são obrigadas a cortar fortemente no investimento, o que acaba por baixar o recurso à banca, a principal explicação para uma queda no endividamento externo da economia nacional.
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