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Alemanha pede a Atenas acordo político semelhante a Portugal

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Schauble diz que acordo entre novo governo grego deve estar fechado antes que a UE decida sobre descongelamento da 6ª prestação

O ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schauble, sugeriu esta segunda-feira aos principais partidos políticos gregos que adoptem uma solução semelhante a Portugal, com um acordo entre os principais partidos sobre o programa de reformas estruturais, antes das próximas eleições.

«Na situação actual, será muito importante que não só o Governo, como também a oposição, garanta de maneira vinculativa que apoiam o acordado» para a Grécia receber o resgate europeu, disse Schauble, em declarações aos jornalistas, à chegada a reunião dos ministros das Finanças dos 17 países da Zona Euro.

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«Isso foi exactamente o que se passou em Portugal e na Irlanda [onde] ambos os partidos se comprometeram, antes das eleições, a garantir que as obrigações europeias não dependeriam do resultado eleitoral», sublinhou o ministro.

Wolfgang Schauble defendeu que o acordo entre o novo Governo grego deve estar fechado antes que a União Europeia decida sobre o descongelamento da sexta prestação, no valor de oito mil milhões de euros, da ajuda de resgate à Grécia, que Bruxelas suspendeu até que a situação política no país fique mais clara e até que haja um apoio inequívoco ao programa de ajustamento económico.

O ministro alemão frisou que o pagamento dos oito mil milhões de euros «não é tão urgente como antes se pensava» uma vez que, segundo as autoridades gregas, o país tem financiamento até Dezembro.

Querem reduzir influência das agências de «rating»

Isto no dia em que a coligação de centro-direita na Alemanha anunciou que quer reduzir a influência das agências de «rating», tornando os investidores mais independentes das notas que estas atribuem.

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A medida, que inclui, nomeadamente, a abolição de numerosas regras que obrigam os investidores a ter em conta o parecer das agências de «rating», está prevista num projecto de lei das bancadas democrata-cristã e liberal, que será votado na sexta-feira no parlamento federal (Bundestag).

Além disso, pretende-se forçar as agências de «rating» a justificar com mais transparência as notas que atribuem, reduzir conflitos de interesses causados pela sua estrutura accionista, garantir uma supervisão eficaz das mesmas e criar mecanismo para que estas tenham de responder perante a lei, em caso de negligência grosseira.

O objectivo é também melhorar a concorrência entre estas agências e diminuir o predomínio das norte-americanas Fitch, Moody's e Standard & Poor¿s, depois de várias tentativas fracassadas para criar uma agência europeia.

Comissão quer reforço «rápido» do FEEF

A Comissão Europeia quer que o reforço do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), já decidido pelos líderes da União Europeia, seja concretizado rapidamente.

«Os acontecimentos, os desenvolvimentos nos mercados da dívida demonstram a necessidade de acelerar os trabalhos de reforço da capacidade de intervenção do FEEF», disse esta segunda-feira o porta-voz para os Assuntos Financeiros, Amadeu Altajaf.

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