Os gregos são «livres para votar em quem quiserem», mas «o resultado eleitoral não vai mudar nada sobre a situação real do país, que está a passar por uma crise dolorosa, devido a décadas de má gestão económica». A Grécia não tem saída: precisa de «tomar medidas duras», diz o ministro alemão das Finanças.
Em entrevista à revista alemã «Stern», que é citada pela AFP, Wolfgang Schäuble admitiu que tem uma «enorme simpatia» para com aqueles que estão a sofrer com as medidas de austeridade.
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No entanto, advertiu: «Não posso poupá-los disso». As crises «raramente são justas».
Depois, mostrou-se a favor da redução do salário mínimo, em nome da «recuperação da competitividade», embora tenha reconhecido que não é fácil tomar essa medida.
Segundo deputados democratas cristãos que participaram numa reunião do seu grupo parlamentar, Schäuble manifestou hoje dúvidas em relação ao cumprimento do programa de austeridade por parte da Grécia.
Quando a «troika» regressar a Atenas, «verificará que a Grécia não cumpre o programa», disse, de acordo com as fontes citadas pela imprensa local.
As declarações de Schauble surgem no dia em que o «Financial Times» avança que a União Europeia está a preparar a renegociação das medidas de austeridade com Atenas.
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