O primeiro-ministro, José Sócrates, vai hoje tentar convencer os líderes da Zona Euro, em Bruxelas, que Portugal vai mesmo reduzir o seu défice orçamental este ano e nos próximos, tendo por isso anunciado medidas adicionais.
«O que importa é convencer toda a gente que este ano nós faremos aquilo que anunciámos», disse José Sócrates à chegada a uma reunião dos chefes de Estado e de Governo europeus.
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O primeiro-ministro explicou, citado pela Lusa, que o Governo português considerou útil antecipar o anúncio de medidas, que só tinham que ser entregues em final de Março, «para que não haja a mínima dúvida sobre a determinação» de Lisboa.
Medidas visam reforçar posição de Portugal na cimeira
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, anunciou esta sexta-feira medidas adicionais já para este ano, para poupar 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB), bem como para 2012 e 2013, cortando custos na ordem dos 2,4% do PIB na despesa e 1,3% de aumento da receita.
O executivo garante mesmo que não haverá derrapagem no défice.
Os países membros da zona euro têm até final de Março para entregar em Bruxelas o programa de estabilidade e crescimento onde revelam a estratégia económica a médio prazo para cumprir os objectivos orçamentais definidos conjuntamente.
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O anúncio do ministro das Finanças tem por objectivo «reforçar a posição de Portugal nesta cimeira», reforçou o primeiro-ministro.
«A execução orçamental está a correr bem, para não dizer muito bem, em Janeiro e Fevereiro temos bons números, bons indicadores», sublinhou José Sócrates.
Entretanto, a Comissão Europeia já saudou o reforço das medidas de consolidação orçamental anunciadas pelo Governo português, que considera que serão «suficientes» para atingir as metas de défice estabelecidas até 2013.
Últimas decisões só no final de Março
Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia (27) estão reunidos desde as 11j30 (10h30 de Lisboa) para discutir a situação na Líbia e nos países vizinhos do Sul.
A partir das 17h00 (16h00) o encontro fica reduzido aos 17 da Zona Euro para discutir a forma de desenvolver uma maior coordenação das políticas económicas tendo em vista o aumento da competitividade e a convergência económica.
Esta última reunião pode ser decisivo para acalmar o nervosismo dos investidores financeiros que continuam muito desconfiados da capacidade de países como Portugal para pagar a sua dívida pública.
Ainda assim, as decisões finais só serão aprovadas quando os 27 líderes da União Europeia (UE) se voltarem a reunir a 24 e 25 de Março.
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