«Atendendo que o nosso mercado de dívida é mais pequeno, mais estreito do que o de outros países, estamos sujeitos a uma maior volatilidade» perante a crise grega. As palavras são do ministro das Finanças que esta quinta-feira falou aos jornalistas depois do conselho de ministros.
Mesmo assim, Teixeira dos Santos garantiu que «Portugal não tem tido problemas de colocação de dívida». «Ainda ontem não tivemos problemas». Portugal emitiu esta quarta-feira mil milhões de euros em Bilhetes do Tesouro a três e nove meses.
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«A apetência da dívida portuguesa continua forte», reiterou o governante.
Hoje, os juros da dívida pública da República Portuguesa dispararam para máximos de 1997, altura em que a Bloomberg começou a medir estes dados: o prémio exigido pelos investidores para comprarem dívida portuguesa em vez da alemã, considerada a mais segura da Europa, subiu 19 pontos base para os 1,88%.
Portugal está pronto para dar dinheiro à Grécia
«A situação da Grécia tem risco de contágio e estamos a senti-lo. Não o ignoramos», admitiu Teixeira dos Santos, reiterando: «Isso deve ser um sinal claro que devemos afirmar a nossa intenção de corrigir as contas públicas».
Já sobre o impacto da crise grega nos mercados, para Teixeira dos Santos «a rectificação do défice grego
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[por parte do Eurostat] tem um efeito perturbador, principalmente nos mercados mais sensíveis e nervosos».
«Também a incerteza quanto às ajudas da Zona Euro à Grécia causa nervosismo nos mercados. Espero que tudo isso se venha a clarificar», adiantou o ministro.
Teixeira dos Santos voltou a garantir total disponibilidade para ajudar financeiramente Atenas por uma «solidariedade e protecção da Zona Euro que não é só do Governo mas de todos os partidos».
Horas depois do final da conferência, a agência de notação financeira Moody`s voltou a cortar o rating da Grécia.
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