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Concorrência entre Telefónica, Oi e América Móvil vai aumentar

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Recentes negociações promoveram uma reestruturação nas telecomunicações no Brasil

Telefónica, Oi e América Móvil, os três grandes «players» do mercado brasileiro, vão aumentar a concorrência, depois de as recentes negociações terem promovido uma reestruturação nas telecomunicações naquele país.

Segundo os acordos que foram anunciados esta semana, a PT irá adquirir uma participação de 22,4 por cento na Oi, após vender a fatia que detinha na Vivo por 7,5 mil milhões de euros à Telefónica.

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A aquisição da Vivo abrirá caminho para que a Telefónica integre as suas operações no Brasil, onde já detém a Telesp, empresa de telecomunicações que atua no Estado de São Paulo, e a TVA, operadora de TV a Cabo em parceria com o grupo Abril.

Juntas, Vivo e Telesp formam o maior grupo de telecomunicações do Brasil, com uma faturação anual de cerca de 31 mil milhões de reais (13,5 mil milhões de euros).

Com a integração de activos, a Telefónica passará a oferecer em breve serviços integrados, com comunicações na área móvel, fixa, Internet em alta velocidade e TV por cabo.

A oferta de serviços convergentes colocará o grupo espanhol em situação de igualdade com a brasileira Oi e a mexicana América Móvil.

Actualmente a maior empresa brasileira de telecomunicações, a Oi é pioneira na prestação de serviços convergentes, com cerca de 62,6 milhões de utilizadores.

A Oi, que atua em todo o território brasileiro, tem cerca de 20,8 milhões de utilizadores em fixa, 37,2 milhões de telemóveis, 4,3 milhões de clientes de Internet e 265.000 assinantes de TV por cabo.

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O analista Eduardo Roche, da corretora Modal, salientou que a Oi já é uma empresa integrada e que apesar do endividamento «tem uma posição confortável com uma forte geração de caixa».

«É uma máquina de fazer dinheiro, e a entrada da PT dará músculo à Oi e ajudará a fomentar a competição no mercado», disse à agência Lusa o analista Valder Nogueira, do banco Santander.

No Brasil, o bilionário mexicano Carlos Slim, por meio da Telmex, controla a operadora de comunicações fixa Embratel e é sócio das Organizações Globo na Net, empresa de TV por cabo líder do mercado local.

O grupo mexicano detém igualmente, por meio da América Móvil, a Claro, segunda maior operadora móvel do Brasil, atrás apenas da Vivo, com 25 por cento do mercado.

Telmex e América Móvil estão em processo de fusão, o que representará a criação de uma megaempresa no Brasil com faturação de 24 mil milhões de reais (10,4 mil milhões de euros) e atuação em telefonia fixa, móvel, Internet e TV por cabo.

«Dentro de uma estratégia corporativa, poder unificar operações de telefonia fixa e móvel, no Brasil, representa fidelizar utilizadores e ter um mercado cativo», concluiu o especialista do sector, Sílvio Paixão.

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