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Mário Soares: revisão constitucional é «despropositada»

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Antigo Presidente da República defende acordo entre PS e PSD para aprovação do Orçamento do Estado para 2011. Caso contrário seria a «paralisia do país»

O antigo Presidente da República Mário Soares está confiante em relação a um entendimento entre PS e PSD para aprovar o Orçamento do Estado para 2011 e considerou que Passos Coelho «tem razão» quando defende mais cortes na despesa.

Já sobre a proposta do PSD de revisão constitucional, Mário Soares classificou-a de «despropositada».

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«Eu gosto muito da Constituição, a nossa Constituição aguenta-se há muitos anos e foi muito bem feita, é boa, serve o país, nós nunca tivemos nenhuma dificuldade especial por causa da Constituição», explicou o antigo líder do PS.

Quanto ao Orçamento do Estado para o próximo ano, Mário Soares defende uma «cedência de ambos» os partidos, já que a não aprovação do orçamento «seria verdadeiramente uma coisa desastrada», disse à Lusa, à entrada para um debate no Instituto Franco Português, no âmbito do Centenário da República.

«Como não pode haver eleições neste período, mesmo que as pessoas não estejam muito satisfeitas ou não se possam entender completamente, devem entender-se no mínimo para evitar que isso aconteça», advertiu o fundador do PS.

«Seria uma questão muito desagradável para Portugal, muito má e muito mal vista por todos os portugueses, com certeza, se não se entendessem», adiantou Soares, adiantando: «Se tivéssemos de começar a governar por duodécimos seria péssimo e uma paralisia total para a nossa economia e para o país».

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Sobre a exigência do PSD em não haver um novo aumento de impostos, Mário Soares notou que «o dinheiro tem de vir de algum sítio», embora tenha dito que «é preciso haver cortes nas despesas» ao nível da administração central, regional e local, das regiões autónomas e dos vários órgãos de soberania.

«É preciso haver cortes e aí acho que o doutor Passos Coelho tem razão», afirmou.

Já sobre a imagem externa de Portugal, o antigo líder do PS rejeitou que o país esteja «descredibilizado», adiantando que Portugal «precisa é de cumprir aquilo a que se comprometeu no primeiro e no segundo Programa de Estabilidade e Crescimento».

«Há uma certa dificuldade em conseguir crédito, é natural e é por isso que temos mesmo de reduzir os nossos défices e o nosso endividamento externo», concluiu Mário Soares.

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