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FMI prevê o pior: mais desemprego, menos crescimento

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Taxa de desemprego vai chegar aos 11%. Mas níveis de crescimento ficam abaixo das previsões do Governo

O desemprego em Portugal vai atingir os 11% este ano e 10,3% no ano que vem, segundo as estimativas do Fundo Monetário Internacional divulgadas esta quarta-feira.

De acordo com o relatório «World Economic Outlook», uma das piores consequências da crise económica verifica-se no elevado desemprego, com estimativas mais pessimistas que as do Governo português, que prevê uma taxa de 9,8% em ambos os anos.

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Veja aqui a reportagem

Quanto à Zona Euro, a média estimada é de 10,5% para este ano e para o próximo.

Para a totalidade da Europa em 2010, o FMI aponta que seis países, incluindo Portugal, deverão ter mais de 10% da sua população desempregada, com especial destaque para a Espanha, cuja previsão aponta para uma taxa de desemprego de 19,4%.

FMI prevê o pior: a análise dos dados

As projecções da organização colocam Portugal como o quinto país com maior taxa de desemprego na Europa, em 2010 e 2011.

Fraco crescimento: e porquê?

O crescimento da economia vai ser mais do que modesto. De todas as instituições, cabe ao FMI a pior projecção para o biénio, com um crescimento do PIB de apenas 0,3% este ano, quatro décimas abaixo do que prevê o Governo - valor em que concorda com a Comissão Europeia - e 0,7% em 2011 contra 0,9% na estimativa inscrita no Programa de Estabilidade e Crescimento.

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Os níveis de crescimento são muito inferiores aos restantes parceiros europeus, que irão crescer em média entre 1 e 1,5% ano, este ano e no próximo.

Afinal Portugal e Grécia não são ameaça para a Zona Euro

Há vários factores a impedirem Portugal, Espanha e Grécia de crescerem mais, mas o défice elevado está à cabeça dessa lista.

O FMI alerta também para o crescimento moderado dos motores europeus, a Alemanha e a França. Um reflexo de que a recuperação económica é desigual entre os países da Zona Euro, com as exportações destes países a serem limitadas pela procura e pelas restrições no crédito.

Com um crescimento ainda mais lento, e dificuldades em sair da recessão, estão os países mais pequenos da Zona Euro, cujas restrições orçamentais impedem melhor futuro: Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha fazem parte do mesmo barco.

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Assim, em 2010, o crescimento projectado para a economia portuguesa fica a menos de um terço do estimado para a Zona Euro, 0,3 contra 1%, ficando um ponto percentual abaixo da média no que diz respeito a 2011: 0,7 contra 1,5% da zona euro.

China e economias emergentes lideram crescimento

Relativamente ao próximo ano, o FMI coloca Portugal com o segundo pior desempenho da Zona Euro, à excepção da Grécia que ainda deverá contrair em 2011 (-1,1%). Segue-se a Espanha, cujo crescimento no próximo ano é estimado pelo FMI em 0,9%.

No documento hoje divulgado, o FMI prevê a contracção do produto em quatro países da Zona Euro: Grécia (-2%), Irlanda (-1,5%) e Chipre (-0,7%).

No conjunto dos países europeus, pior que o desempenho esperado para o PIB da Grécia este ano, só mesmo a Letónia (-4%) e a Islândia (-3%).

As previsões quanto à inflação para este ano são as mesmas que as do Governo e que as do Banco de Portugal (0,8%) mas para 2011 o crescimento dos preços já deverá ficar abaixo do esperado pelas autoridades portuguesas, estimando o FMI uma taxa de 1,1%, contra os 1,5 projetados pelo Banco de Portugal e os 1,9 do Governo.

O mesmo relatório diz ainda que a economia mundial deverá crescer mais que o esperado este ano, liderada pela China e outras economias emergentes, mas o desempenho da Europa deverá ser bem mais fraco.

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