O Presidente da República, Cavaco Silva, considerou esta quinta-feira «positivo» que fosse alcançado «um acordo interpartidário» em torno do processo de introdução de portagens nas SCUT, atendendo ao princípio da «coesão nacional».
«Tenho esperança, acho que era positivo que houvesse um acordo interpartidário nesta matéria», disse, questionado pelos jornalistas à margem do V Roteiro para a Juventude, que arrancou esta quinta-feira em Lisboa.
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«No meu discurso do 10 de Junho falei muito em coesão nacional. E a coesão nacional pressupõe abertura para ouvir os argumentos das pessoas. E eu penso que é isso que está presente no diálogo que penso que está correr entre as diferentes forças políticas para encontrar uma solução que tenha em conta a situação do país, mas ao mesmo tempo que dê às pessoas um sentido de justiça e equidade. Vamos ver o resultado que vai ser alcançado no diálogo que eu sei que ocorre entre as forças políticas».
Questionado sobre as dúvidas que têm sido levantadas sobre o recurso ao «chip» para a cobrança das portagens, o Chefe de Estado recordou que o diploma que introduz este método passou já por Belém e mereceu «dúvidas».
«Esse diploma passou-me pela mão e eu fiz um comunicado sobre esse diploma, na sequência da lei da Assembleia da República sobre o assunto o Governo teve que depois legislar. Levantei as minhas dúvidas quanto a esse diploma, mas entendi que estava na área de competência do Governo».
E acrescentou: «O Governo - devo reconhecer - fez algumas alterações. Não me surpreende que este diploma suscite algumas dúvidas. Mas penso que esse diploma faz parte do pacote de diálogo que neste momento se realiza e tenho esperança, acho que era positivo que houvesse um acordo interpartidário nesta matéria».
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