Ricardo Salgado já tinha afirmado que não se revia na expressão «Dono Disto Tudo», mas, entretanto, a comissão de inquérito ao colapso do BES/GES ouviu dezenas de personalidades que coincidiram na mesma visão sobre a centralização de decisões no ex-presidente do BES.
«É totalmente falso o meu poder absoluto no banco. É verdade que tinha uma grande visibilidade como presidente executivo do BES e que o BES assumiu a liderança do setor bancário privado português. Talvez por isso tenha acabado por pagar a importância que me foi atribuída, indevida e que nunca procurei».
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«Por ter menos pelouros do que pelo menos metade da comissão executiva, isso não quer dizer que eu trabalhasse pouco».
«Certamente perceberam pelas gravações que eu não tinha o poder que muitos dizem e procuram atirar responsabilidades para cima de mim».
«As pessoas agora descartam responsabilidades. Isso é humano, mas eu tenho de dar a minha explicação e a minha verdade. Eu não podia exercer o poder financeiro ao nível do GES».
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