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Portugueses fizeram «vida de cigarra»

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Economista Vítor Bento considera que crise que o país atravessa deve-se ao facto de os portugueses não terem feito «vida de formiga»

O economista Vítor Bento considerou hoje que a crise que o país atravessa deve-se ao facto dos portugueses terem adotado uma «vida de cigarra», em vez de uma «vida de formiga», quando Portugal entrou no euro.

«Nós entrámos no euro, só que pertencer ao euro obrigava-nos a ter uma determinada forma de vida de formiga e nós adoptamos uma forma de vida de cigarra».

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«Achámos que entrar no euro era vida fácil, porque os primeiros anos de facto foram anos fáceis, nós convencemo-nos que o euro dava-nos vida fácil, com pouco trabalho e muito consumo, e bloqueamos a nossa capacidade de crescimento».

O conselheiro de Estado e professor de Economia falava em Portalegre, durante uma conferência intitulada «Portalegre no século XXI: na Rota do Desenvolvimento», promovida pelo município local, Fundação Robinson e Instituto Politécnico de Portalegre (IPP).

A conferência, no auditório do Museu da Tapeçaria de Portalegre Guy Fino, foi moderada pelo empresário Manuel Fino e contou com a participação de Vítor Bento, que exerce também a presidência da Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS) e do presidente do Banco Popular Portugal, Rui Semedo.

De acordo com Vítor Bento, outro dos fatores que contribui para a crise económica foi os investimentos efetuados em Portugal ao longo dos últimos anos.

«Para isso (crise) contribui muito os maus investimentos feitos, isto é uma ilusão muito grande neste país que investir em obras é o que faz crescer o país e todo o investimento que foi feito foi mal feito».

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«Eu não ponho em causa se as obras foram úteis ou não, a única coisa que eu ponho em causa é que não geraram capacidade produtiva, não geraram potencial para gerar riqueza».

Para o presidente da SIBS, nesta altura, o «maior favor» que a União Europeia (UE) poderia fazer a Portugal seria «libertar» as verbas destinadas ao país para que as dívidas fossem liquidadas.

«Neste momento, o maior favor que a UE nos podia fazer era primeiro libertar os fundos todos deixando de os afectar seja aquilo que for e deixa-los utilizar para pagar a dívida. Era o melhor serviço que nos podiam fazer».

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