Os resultados do Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito realizado pelo Banco de Portugal em Janeiro, mostram que no último trimestre de 2007, «os critérios na aprovação de empréstimos bancários ao sector privado não financeiro tornaram-se bastante mais restritivos face ao trimestre precedente, nomeadamente com respeito aos empréstimos a particulares para aquisição de habitação e aos empréstimos a empresas».
O aumento de restritividade reflectiu essencialmente as condições enfrentadas pelos bancos no acesso a financiamento de mercado por grosso, num contexto de elevada instabilidade nos mercados financeiros internacionais observada desde Agosto.
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O maior custo de financiamento nestes mercados e a dificuldade de acesso a alguns instrumentos contribuíram para que, de um modo geral, os bancos inquiridos tornassem as condições de concessão de empréstimos a particulares e a sociedades não financeiras mais restritivas, sobretudo ao nível dos spreads aplicados em todas as classes de risco e, também, em termos da maturidade contratual negociada, das garantias exigidas e dos montantes concedidos.
Tendência é para piorar até Março
No que se refere aos primeiros três meses de 2008, os bancos portugueses esperam aplicar critérios ainda mais restritivos na aprovação de empréstimos.
A maior exigência na aprovação de empréstimos deverá incidir sobre empréstimos a empresas (sobretudo a grandes empresas) e sobre o crédito à habitação.
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