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Sonaecom admite ficar só com 50% do mercado fixo

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A Sonaecom admite vir a ficar detentora de apenas 50% do mercado de telecomunicações fixas, caso venha a ter sucesso na OPA sobre a PT.

A afirmação é do presidente da empresa, Paulo Azevedo, que falava num jantar, ontem à noite, promovido pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC).

«Acreditamos que a estrutura que existe no mercado de rede fixa é inviável. O mercado, e tal como está a acontecer a nível europeu, não foi desenhado para que uma só estrutura tenha cobre, cabo, o maior portal de Internet, os mais importantes conteúdos desportivos, etc», referiu.

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O responsável disse acreditar ainda que, neste mercado, a avançar a operação, estão «em concorrência duas marcas fortíssimas». Alias, segundo o mesmo, «quer uma rede quer outra têm capacidade de prestar os mesmos serviços aos clientes», nomeadamente serviços de banda larga, voz e dados, televisão paga, música ou jogos digitais.

«Na solução que propomos, em todos os segmentos há, pelo menos, dois operadores com dimensão e com rentabilidade que conseguem concorrer com as suas próprias estruturas», sublinhou ainda, acrescentando ainda que a operadora que «ficar com a rede de cobre terá incentivo para colaborar com empresas de acesso indirecto ou de lacete local».

Solução para o móvel beneficiará consumidores

Já no que diz respeito ao negócio móvel, a Sonaecom pretende, com a sua proposta e tal como já foi anunciado, «um reforço da sua quota de mercado de 45 para 63%», tendo em conta uma fusão da TMN com a Optimus.

Uma situação que Paulo Azevedo garante «ter um efeito positivo para o consumidor, embora quem tenha que decidir sobre isso seja a Anacom e a Autoridade da Concorrência», reconheceu.

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Mais, diz que a Vodafone, «não se deve sentir assustada com um concorrente com 7 milhões de clientes. É um player internacional de grande dimensão. (¿) A sermos bem sucedidos, a Vodafone terá uma dinâmica que não será necessariamente inferior à de hoje».

Paulo Azevedo disse ainda é que «será difícil manter a proposta actual se não formos capazes de pôr as sinergias de custos da Optimus e da TMN a funcionar, mas sem custos com as sinergias de mercado».

«Mostrámos total vontade de discutir (outras soluções», sublinhou ainda.

Em conclusão, Paulo Azevedo diz que a Sonaecom tem razões para acreditar que, no que diz respeito à concorrência, «todas as preocupações podem ser acauteladas».

Ainda assim, «se a decisão for negativa, saberemos aceitá-la».

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