O deputado do CDS Nuno Melo afirmou esta quarta-feira que uma intervenção rápida do Banco de Portugal poderia ter evitado a nacionalização do BPN, afirmando que as autoridades conheciam desde 2005 «operações de uma gravidade extrema» no banco, noticia a Lusa.
A nacionalização do Banco Português de Negócios (BPN) foi «uma bomba atómica legislativa de que não há memória recente», disse o deputado centrista que integra a comissão parlamentar de inquérito ao caso BPN, em conferência de imprensa no Parlamento.
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Nuno Melo acrescentou que a falta de actuação do supervisor «no âmbito das suas competências e poderes» após detectar «factos demasiado ostensivos na contradição e graves no conteúdo» na auditoria feita ao BPN em 2005, terminou com «prejuízo evidente para os contribuintes».
Nuno Melo afirmou ainda que a comissão de inquérito «ficará em condições de demonstrar que, pelo menos, desde 2005, o Banco de Portugal sabia (...) que em 2002, 2003 e 2004 os resultados consolidados da SLN SGPS estavam sobrevalorizados em, pelo menos, 2,7 milhões de euros, 4,3 milhões de euros e 1,2 milhões de euros», correspondentes a um total de 8,2 milhões de euros.
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