Depois do trágico acidente que vitimou o presidente da polónia, as manifestações de solidariedade multiplicaram-se um pouco por todo o país. Milhares de polacos prestaram homenagens a Lech Kaczynski e a toda a comitiva presidencial que seguia no avião.
Mas a poucos dias do funeral as ruas das cidades de Varsóvia e Cracóvia encheram-se de manifestantes contra o local escolhido para sepultar o presidente polaco e a sua mulher.
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Wawel Hill é um castelo real em Cracóvia onde estão sepultados reis e heróis nacionais. Local escolhido pela família Kaczynski e pela igreja católica, para receber os restos mortais do casal presidencial. A decisão está a gerar polémica pois foi tomada sem consulta pública nem debate parlamentar.
Certo é que a cerimónia está marcada para domingo. Com as presenças confirmadas dos presidentes dos estados unidos e Rússia, a chanceler alemã o presidente da Comissão Europeia entre outros chefes de estado. O ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, será o representante português na cerimónia.
Entretanto as investigações continuam. Hoje o procurador-geral da Polónia revelou novos dados recolhidos das caixas negras do avião, que indicam que os pilotos sabiam segundos antes da colisão que o acidente era inevitável e por isso mesmo entraram em pânico dentro da cabine do Tupolev.
Por confirmar continua a possibilidade de o presidente Lech Kaczynski ter ordenado a aterragem em Smolensk, apesar das más condições meteorológicas. Até o momento não há provas que demonstrem que a ordem realmente foi dada, já que não foi revelado todo o conteúdo das caixas negras.
O que se sabe é que os pilotos estavam pressionados, pois havia urgência que a delegação presidencial chegasse a Katyn para participar nas cerimónias em memória dos mais de 20 mil polacos mortos em 1940.
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