O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou a abertura de um inquérito-crime sobre a destruição, pela CIA, das gravações de vídeo com os interrogatório de vários suspeitos de terrorismo, noticia a «Reuters».
«Há matéria para iniciar uma investigação criminal deste caso. Tomei medidas para iniciar essa investigação», disse o secretário de Justiça, Michael Mukasey, num comunicado divulgado pelo departamento.
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No mês passado, a CIA informou ter destruído em 2005 centenas de horas de fitas de vídeo de interrogatórios de dois suspeitos de pertencerem à rede al-Qaeda.
A revelação gerou protestos entre os democratas, activistas da defesa dos direitos humanos e alguns peritos em legislação.
Os interrogatórios, realizados em 2002, teriam incluído um tipo de simulação de afogamento, condenado internacionalmente como tortura.
O presidente George W. Bush referiu que os EUA não torturam, mas não quis especificar os métodos usados nos interrogatórios.
O Departamento de Justiça e o inspetor-geral da CIA lançaram no mês passado um inquérito preliminar sobre as fitas. O Congresso também está a investigar o caso.
A CIA disse que iria «cooperar integralmente com esta investigação, como fez noutras situações». Mas o inspetor-geral da agência, John Helgerson, afirmou que iria ficar fora da investigação abrangente.
Helgerson disse que o seu escritório examinou as fitas «há alguns anos atrás» como parte de uma revisão dos interrogatórios da agência e que ele próprio ajudou a preparar um relatório sobre o caso, por isso não seria adequado envolver-se na investigação.
Mukasey informou ter pedido a um procurador federal de Connecticut, John Durham, que lidere a investigação.
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