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Líbia: Internet cortada e mais de 80 mortos

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Vítimas causadas pelas forças de segurança governamentais, segundo a Human Rights Watch

As forças de segurança governamentais mataram pelo menos 84 pessoas na Líbia durante os três dias de manifestações, afirmou este sábado a organização Human Rights Watch (HRW), baseada em testemunhos de fontes hospitalares.

Segundo a agência de Notícias France Press, até à noite de sexta-feira, uma contagem feita a partir de várias fontes locais indicava 41 mortos desde o início dos protestos na Líbia, na terça-feira.

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«As autoridades líbias devem parar imediatamente os ataques contra manifestantes pacíficos e protegê-los de grupos armados pró-governo », afirmou, em comunicado, a Human Rights Watch, organização humanitária com sede em Nova Iorque.

O procurador-geral da Líbia, Abdelrahman Al-Abbar, ordenou a abertura de um inquérito sobre a violência que marcou as manifestações contra o regime do ex-presidente Muammar Kadhafi, especialmente no leste do país, segundo uma fonte da Agência France Press.

«O Ministério Público ordenou a abertura de uma investigação sobre as razões e os resultados dos eventos em várias cidades e apelou para que houvesse celeridade nos procedimentos para rapidamente julgar-se os culpados de mortes ou saques», disse a fonte, sem dar mais detalhes.

O acesso à Internet foi cortado durante a noite na Líbia, onde o regime procura impedir os manifestantes antigovernamentais de se organizarem e comunicarem entre si, noticiou a AFP citando a Arbor Networks, sociedade especializada em comunicações na Internet.

A Líbia «interrompeu bruscamente» o acesso à Internet às 00:15 tmg (mesma hora em Lisboa), segundo a Arbor Networks, com sede nos Estados Unidos, adiantando que as ligações Internet já estavam afetadas na sexta-feira.

Na Líbia realizaram-se na sexta-feira, em diversas cidades, manifestações reclamando o afastamento de Muammar Kadhafi, no poder desde 1969, muitas delas convocadas por grupos constituídos no Facebook.

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