Duas novas vítimas da misteriosa doença que já atingiu 365 pessoas em Cacuaco, na região de Luana, surgiram em áreas próximas, disse à imprensa angolana o director de Saúde da Província de Luanda, Vita Vemba.
O representante local disse que surgiu um novo caso em Kikolo, próximo a Cacuaco, e outro na província do Bengo, a 60 quilómetros da localidade onde foi identificada a doença conhecida como «mole-mole».
PUB
O apelido surgiu porque os atingidos «ficam moles, muito moles», como explicou uma moradora do Bairro Novo, em Cacuaco, nos arredores de Luanda.
Segundo fonte médica angolana, é possível que se tratem de pessoas que viajaram a partir do foco original para outras localidades fora da área de Cacuaco.
A doença foi detectada no Bairro Novo em 15 de outubro, quando o técnico médico de saúde Abílio Augusto viu morrer uma criança nos seus braços. «A criança chegou com dificuldades em andar e falar e apresentava sonolência», afirmou.
Os sintomas mais tarde seriam apontados para definir a doença, que já atingiu pelo menos 365 pessoas, segundo números das autoridades angolanas de saúde. Não foi ainda demonstrada a relação de causa e efeito entre a sintomatologia e as mortes.
Peritos da Organização Mundial de Saúde para as áreas de toxicologia clínica, epidemiologia e saúde ambiental estão em Luanda para desvendar o mistério sobre a origem do «mole mole», mas ainda não divulgaram nenhum parecer.
PUB