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«O novo conceito estratégico acabou de ser adoptado»

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Anúncio feito pelo secretário-geral da NATO Anders Fogh Rasmussen

A NATO aprovou esta sexta-feira à tarde, na cimeira de Lisboa, um novo conceito estratégico. O anúncio foi feito pelo secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen. O dinamarquês destacou que o documento será um instrumento da Aliança para enfrentar os desafios do século XXI.

Na conferência de imprensa realizada depois da reunião entre os 28 estados membros, Rasmussen fez questão de abri-la com um rasgado elogio à organização portuguesa, que descreveu como «de nível mundial». Depois, fez o anúncio que já se esperava, mas de importância vital para uma organização que ainda é vista por muitos críticos como um anacronismo da «Guerra Fria».

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«O novo conceito estratégico acabou de ser adoptado», disse o responsável, salientando que esta decisão transforma o encontro realizado na capital portuguesa numa «cimeira histórica».

Rasmussen fez ainda questão de sublinhar que este documento não se trata apenas de uma «declaração de princípios», mas «é um plano de acção».

Outro dos temas abordados foi o do nuclear. Apesar de defender o objectivo de um mundo sem armas de destruição maciça, Rasmussen sublinhou que enquanto elas existirem há necessidade de usá-las com meio «dissuasor».

«Enquanto houver armas nucleares no mundo a NATO deve continuara ser uma Aliança nuclear», apontou.

O responsável apontou a importância nas parcerias estratégias com países fora do bloco e que serão reforçadas «particularmente com a Rússia».

Rasmussen fez questão de dizer que este novo documento reflecte já as «lições aprendidas no Afeganistão», uma missão diferente das tradicionalmente no âmbito da NATO.

Novas missões, novas adesões, novas reformas

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No documento, que foi distribuído aos jornalistas, é frisado que este novo conceito estratégico «compromete a Aliança na prevenção de crises, gestão de conflitos e estabilização de situações de pós-conflito».

É deixada também a porta aberta a novas adesões por parte de «democracias europeias que apresentem os critérios necessários para se tornarem membros».

O documento assinala ainda o «compromisso» com uma «reforma contínua da NATO», na senda de uma Aliança «mais efectiva, eficiente e flexível». «Para que os contribuintes tenham mais segurança pelo dinheiro que investem em defesa», lê-se ainda.

A NATO - fundada para combater o avanço da extinta URSS na Europa - reinventa-se com este novo conceito estratégico, através dos desafios que se propõe combater: desde a ameaça da «proliferação nuclear e outras armas de destruição maciça» ao terrorismo, passando pela «instabilidade ou conflitos para além das fronteiras da NATO», que possam «ameaçar directamente a segurança da Aliança».

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Nesta nova arrumação de ameaças cabe quase tudo: «Abrigar extremismo, terrorismo e actividades transnacionais, tal como tráfico de armas, narcóticos e pessoas». Cabem até «ataques cibernéticos» e assuntos relacionados com o ambiente e escassez energética.

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