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Em Lisboa, tolerância, só de ponto

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Medidas de segurança apertadas num Parque das Nações a meio gás

Lisboa é uma cidade em estado policial, com epicentro no Parque das Nações. Não se andará muito longe da verdade se se disser que o quilómetro quadrado urbano mais vigiado do planeta está no coração do bairro mais moderno da capital portuguesa. A cimeira da NATO assim o obriga. Mas o que pensa quem tem de se deixar revistar, abrir sacos e malas, para entrar num centro comercial?

Às portas do Vasco da Gama - na antecâmara daquela que foi a porta principal da Expo98 - estão alinhadas uma série de canais, desenhados a ferros, com barreiras policiais. Depois entra-se numa espécie de gaiola a céu aberto, rodeada de polícias armados, carros dos serviços de segurança e mais grade. Só depois, as lojas.

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O único trânsito que passa por ali é o dos passos de quem entra e sai do centro - menos povoado do que o costume, numa cidade em tolerância de ponto, mas sem ponto de tolerância no que diz respeito à segurança.

«Isto são medidas de quem não tem noção do que é que está a fazer», diz ao tvi24.pt João Amoroso, de 55 anos, depois de ter sido revistado. Para ele a justificação para o aparato é o «medo». «Isto é para justificar os lugares de quem manda nisto. Para se dizer que isto está tudo muito bem organizado, que não houve problemas, nem nada. Pudera, não há aqui nada».

Diz que mais do que incómodo pelo tempo tem de perder a ser revistado, se sente «limitado na liberdade». «É para o povinho andar entretido», atira. A NATO? «A mim não me interessa nada».

Marco Rodrigues, 19 anos, trabalha no centro comercial e diz sentir-se «um bocadinho» incomodado com as medidas de segurança na cidade. «Tive apanhar um taxi para vir trabalhar, porque a Segunda Circular esteve cortada. «É um mal necessário, talvez».

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Eder, 26 anos, não foi apanhado de surpresa. «Já suspeitava que isto ia acontecer, pelo facto do presidente americano estar aqui». Incómodos? «Não me afecta nada. É só mostrar e seguir o nosso caminho». Mas deixa um reparo: «Tanta gente a passar fome e milhões de dinheiro aqui

Sandra, que também trabalha no Vasco da Gama não perde tempo com reflexos mais profundas. «Isto é uma palhaçada, não se vê ninguém na rua», diz sobre a a segurança. Quando à cimeira, diz não sabe o que se discute. «Sei lá, eles não fazem nenhum».

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