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Venezuela: 14 portugueses sequestrados em 2007

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Dois deles permanecem em cativeiro: um agricultor de 48 anos e uma estudante

Pelo menos 14 portugueses foram sequestrados, desde Janeiro de 2007, na Venezuela, dos quais dois permanecem em cativeiro, segunda dados de casos que a Agência Lusa foi registando ao longo do ano, com base em depoimentos de familiares, amigos e da polícia.

Os últimos dois casos conhecidos são os do agricultor José Manuel Vieira, 48 anos, sequestrado desde 30 de Outubro no Estado de Yaracuy, após ser abordado por cinco homens armados. Em cativeiro permanece também uma estudante portuguesa, Ana Cristina de Sousa, 23 anos, filha de proprietários de uma cadeia de padarias, sequestrada por desconhecidos na noite de 2 de Novembro, na cidade de Maracaibo.

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Há ainda a registar o sequestro, a 20 de Outubro, na localidade de San Felipe, de Elizabeth Franco de Sargo, de nacionalidade italiana e casada com o emigrante madeirense Hilário Sargo, que não faz parte das estadísticas por não ter nacionalidade portuguesa.

O total de raptados não inclui os casos de «sequestro expresso», uma modalidade que consiste em privar as pessoas da liberdade, durante algumas horas e obrigá-las a efectuar levantamentos do multibanco ou que familiares entreguem algum dinheiro em notas, num sítio combinado.

Também há os casos em que só os veículos interessam aos raptores. Nestas situações, depois de passearem as vítimas, os sequestradores optam por deixá-las abandonadas em sítios distantes da zona de residência com instruções de no dia seguinte entregar uma determinada quantia para que o carro seja devolvido.

Curiosamente a maioria das situações de sequestro expresso só são conhecidas semanas depois de ocorrerem, o que faz com que a imprensa perca o interesse.

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Por outro lado, os portugueses têm tendência a demorar a informar as autoridades dos casos de sequestros com mais de 24 horas de duração, optando, nalguns casos, por negociar com os raptores e evitar a intervenção policial, talvez porque são frequentes os comentários de uma suposta cumplicidade de polícias.

Desde Janeiro de 2007, o Ministério Público venezuelano ordenou a detenção de 170 polícias por alegados envolvimentos em casos de tráfico de drogas, sequestros e assassínios.

Segundo dados a que a Agência Lusa teve acesso do total de polícias detidos, 50 são oficiais da Guarda Nacional (polícia militar), 31 do Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas (Cicpc, antiga Polícia Técnica Judiciária), 12 da Polícia Metropolitana de Caracas, 11 da Disip (polícia política) e 66 das diferentes polícias regionais.

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