Uma maior coordenação entre as agências que tem programas de combate ao VIH/SIDA é necessária para melhor atingir os objectivos traçados, disse esta quarta-feira o diretor regional da OMS para a África, Luís Sambo, escreve a Lusa.
«É preciso a coordenação dos actores, daqueles que desempenham um papel importante para a mobilização de recursos, para a organização dos serviços, para a prestação dos cuidados de saúde às populações, sobretudo aquelas que vivem em situações mais degradadas», disse o director regional da Organização Mundial da Saúde à margem do congresso lusófono sobre VIH/SIDA.
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Para Sambo, houve um aumento das agências, fundos e ONG para o combate do VIH/SIDA e progressos no combate à doença, mas é preciso coordenação entre estas, acrescentando que o desempenho dos serviços de saúde tem melhorado apesar de tudo, mas «é preciso fazer muito mais».
Sambo declarou ainda que «o mundo enfrenta uma crise alimentar e esta afecta particularmente a África subsaariana, que tem menos capacidade de produção alimentar. Temos nitidamente insegurança alimentar, temos zonas em que as pessoas vivem situações de fome endémica, com consequências no estado de nutrição e na capacidade das pessoas verem respondidas suas necessidades básicas».
«Naturalmente, a saúde não depende somente do sector da saúde dos medicamentos, dos hospitais, depende de um conjunto de condições de vida que devem ser proporcionadas para que as pessoas desfrutem de um bom estado de saúde» sublinhou.
O III Congresso da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) sobre o VIH/SIDA e Infeções de Transmissão Sexual (ITS) prossegue até sexta feira, no Centro de Congressos de Lisboa e no Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT).
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