A autoria dos atentados que esta sexta-feira assolaram Oslo é ainda uma incógnita. Nenhum grupo reivindicou o ataque, mas não há dúvidas que se tratou de um atentado planeado. Na capital, a polícia já confirmou que se tratou da explosão de uma bomba e na ilha de Utoya foi detido um homem na sequência do tiroteio.
Os dois ataques ocorrem com poucos minutos de diferença. O que ao princípio surgia como uma estranha «coincidência», passou mais tarde a ser referido pelas autoridades como dois acontecimentos ligados.
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Uma ligação que poderia ajudar a perceber a génese dos atentados, mas ao que tudo indica veio trazer mais dúvidas na autoria do atentado. Se na capital terá sido usado um carro armadilhado, algo comum nos atentados islâmicos, na ilha de Utoya os relatos apontam para que o suspeito fosse um homem alto de cabelo loiro.
O jornal «VG» dá conta que o suspeito se aproximou do guarda Simen Brænde Mortensen, que se encontrava no local de onde partem os barcos para a ilha. Este contou que um homem nórdico, vestido com um uniforme da polícia, colete à prova de bala e com uma arma com mira telescópica na mão exibiu uma identificação.
Disse que estava ali para verificar a segurança na ilha, como forma de rotina, após a explosão em Oslo. Em seguida, foi chamado um barco que o levou para Utoya. «Tinha um ar norueguês e falava o dialecto comum no leste. Não sou muito bom a calcular a idades das pessoas, mas assumo que tinha entre 30 e 40 anos», disse Brænde Mortensen.
Uma outra testemunha contou ao canal TV2 que o atacante teria cerca de um metro e noventa, cabelo curto e loiro.
Apesar destes relatos, muitos especialistas apontam à Al Qaeda a autoria do atentado, dado ao facto dos dois atentados terem sido concertados e dada a participação da Noruega na NATO e na guerra do Afeganistão.
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