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«Terrorismo mais próximo da Europa»

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Admite o coordenador da União Europeia para a luta antiterrorista

O coordenador da União Europeia para a luta antiterrorista, Gilles de Kerchove, advertiu esta segunda-feira no Parlamento Europeu que a ligação de movimentos islamitas do Magreb à rede al-Qaeda aproxima «o terrorismo das fronteiras da Europa», escreve a Lusa.

«O extremismo islamita no norte de África preocupa numerosos Estados-membros», nomeadamente aqueles que acolhem comunidades de pessoas dessas regiões, referiu De Kerchove, na sua primeira presença perante a Comissão de Liberdades, Justiça e Interior do Parlamento Europeu (PE).

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A intervenção do responsável europeu vem na sequência do anúncio da al-Qaeda de filiação de um grupo islamita líbio, sábado passado.

O Grupo Islamita Combatente na Líbia (GICL) é o segundo movimento islamita do Magreb a unir-se à al-Qaeda, depois do Grupo Salafista para a Prédica e o Combate (GSPC) argelino, que se rebaptizou em Janeiro de 2007 como «Movimento da al-Qaeda nos países do Magreb islamita».

De Kerchove pediu à União Europeia que invista «mais energicamente» no campo da radicalização, sobretudo na vigilância de sites da Internet, «principal vector de propaganda islamita».

O responsável da União Europeia, que foi nomeado para o cargo há seis semanas, sublinhou que «a UE não tem vocação para substituir neste domínio delicado as competências dos Estados-membros», lembrando que a sua capacidade de acção vai depender da vontade dos 27.

O coordenador para a luta antiterrorista lembrou ainda a mensagem do «número dois» da al-Qaeda, o egípcio Ayman al Zawahiri, divulgada no dia 20 de Setembro, na qual era pedida uma limpeza «no Magreb muçulmano dos filhos da França e Espanha» e a libertação «do território de Al-Andalus roubado».

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Gilles de Kerchove mencionou também a persistência do «extremismo nacionalista» dentro da União Europeia, lembrando a ETA como «uma ameaça grave, sobretudo contra Espanha».

A Comissão Europeia vai apresentar terça-feira, em Bruxelas, um pacote de propostas para reforçar a luta contra o terrorismo, incluindo uma rede europeia de dados de passageiros aéreos, semelhante à existente nos Estados Unidos.

Outras propostas de Bruxelas, contidas em documentos a que a Agência Lusa teve acesso, incluem uma política de maior segurança em matéria de explosivos e a criminalização da utilização da Internet para incentivar actos terroristas.

Uma das propostas do executivo comunitário é que os 27 passem a dotar-se de um sistema de armazenamento de dados pessoais de passageiros de transportes aéreos, no quadro da luta contra o terrorismo e o crime organizado.

A ideia é que, tal como sucede nos Estados Unidos, as companhias aéreas transmitam às autoridades dos Estados-membros vários dados fornecidos pelos passageiros na compra de bilhetes, tais como o itinerário, morada, endereço electrónico e forma de pagamento.

Esta proposta aplica-se apenas a voos que entrem e saiam da União Europeia, e não a voos dentro do espaço comunitário.

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