Os especialistas indicam a ausência de pressões inflacionistas como a principal razão para a manutenção das taxas, depois do aumento de 25 pontos base em Dezembro.
A verificar-se a manutenção das taxas, confirma-se o discurso da instituição financeira, que afirmou, no mês passado, que aquela subida do preço do dinheiro não era indicativa de uma sequência de aumentos das taxas, como a que sucedeu nos EUA.
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Os analistas estão, por isso mesmo, sobretudo expectantes em relação ao discurso que o presidente do banco, Jean-Claude Trichet, fará depois da reunião, porque esperam entrever aí quais serão os próximos passos e a estratégia do BCE.
Para já, muitos economistas acreditam que o próximo aumento do preço do dinheiro nos Doze será em Março, quando o banco apresenta também as suas previsões económicas para este ano.
A não existência de pressões à política de estabilidade de preços definida pela instituição, bem como a existência de sinais de alguma fragilidade por parte da retoma da economia europeia, deverão segurar a mão de Trichet no que toca às taxas.
Especialistas do Commerzbank, citados pela agência EFE, alertam que qualquer subida das taxas acima de 50 pontos base pode ter efeitos negativos na reactivação da economia, tendo em conta os desequilíbrios e riscos existentes, como o elevado preço do crude, o elevado défice comercial dos EUA e o disparo dos preços de imobiliário em alguns mercados.
Para o resto do ano, os analistas apontam subidas das taxas apenas até aos 2,75% ou aos 3%.
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