«Parece razoável não alterar as taxas de juro enquanto a actividade não se tornar mais firme», escreve a organização que agrupa os 30 principais países industrializados, nas suas perspectivas económicas semestrais.
O risco de contágio da subida do preço do petróleo aos salários na Zona Euro e portanto de uma espiral de preços, «embora não possa ser afastado, não é suficientemente grande para justificar um aumento das taxas de juro no imediato», acrescenta a OCDE.
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«Tal medida só seria indicada se a subida dos preços do petróleo tivesse sérias repercussões na evolução dos salários e dos preços», insiste a organização que considera que o BCE só deveria agravar o preço do dinheiro «a partir do Outono de 2006».
O presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, preparou claramente o terreno para um aumento de um quarto de ponto da taxa directora do BCE, fixada actualmente em 2%, na reunião mensal de política monetária, quinta-feira, do conselho de governadores do banco central.
O instituto justifica esta medida pela necessidade de contrariar os riscos de pressões inflacionistas num momento em que a actividade económica parece ganhar alento na Zona Euro.
A OCDE reviu em ligeira alta de duas décimas a previsão de crescimento para o PIB dos doze países da Zona Euro: prevê agora 1,4% este ano contra 1,2% prognosticado em Maio, e para o próximo ano 2,1% contra 2% antes.
Para 2007, espera uma pequena aceleração do crescimento a 2,2%. Em 2004, o crescimento económico em zona euro tinha atingido os 1,8%.
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