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BPN: entre a solução possível e o «próximo governador»

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Mais uma vez, foi o deputado do CDS-PP Nuno Melo o protagonista de uma troca acesa de acusações na comissão de inquérito ao BPN, desta vez com o ministro de Estado e das Finanças.

Numa audição que terminou perto da 1h da madrugada, Teixeira dos Santos defendeu perante os deputado a actuação do Banco de Portugal no processo BPN, apesar de admitir que «os tempos» vão obrigar a «supervisão a mudar».

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Veja as declarações de Teixeira dos Santos sobre o BPN (vídeo)

Não contente com esta análise, Nuno Melo insistiu na actuação do governador do Banco de Portugal e na acusação de falhas na supervisão, avaliando a resposta do ministro das Finanças como as de alguém que tem, à semelhança de Vítor Constâncio, «uma visão prudencial da supervisão». Mas mais: o deputado do CDS-PP disse mesmo que Teixeira dos Santos é o próximo candidato ao cargo de governador, caso o PS vença as próximas eleições.

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A insinuação valeu uma discussão entre os dois interlocutores, com o ministro a considerar que declaração «fica mal» ao deputado, como já o tinha antes acusado de «militância» contra o governador, «manchando» também, com essa «perseguição», o nome dos funcionários do Banco de Portugal.

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A presidente da comissão, Maria de Belém, viu-se obrigada a intervir, reiterando que a comissão é de «inquérito» e não inquisitória e que o «tom» do deputado não se adequa ao «espírito» dos trabalhos, que passam por convidar pessoas que «possam ajudar» a comissão.

A intervenção de Maria de Belém apaziguou os ânimos, levando mesmo Nuno Melo a «penitenciar-se» por «qualquer excesso».

Mas próximo do fim da audição, que marca o fim desta comissão, e que irá agora apresentar um relatório final no início de Julho, o deputado socialista Ricardo Rodrigues não se escusou a comentar a atitude de Nuno Melo, ao longo dos trabalhos, esperando que este «zigue-zague» não transforme a imagem do grupo de trabalho.

Chegada a vez do PSD de questionar o ministro das Finanças, o deputado Hugo Velosa quis saber se a nacionalização do BPN terá sido a melhor opção e se a proposta feita por Miguel Cadilhe não seria «negociável», evitando assim este processo.

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«A nacionalização não foi a melhor solução. Foi a única solução. A melhor teria sido os accionistas injectarem dinheiro no banco. Ou então que alguém o tivesse comprado», reiterou o ministro.

Sobre o plano de recapitalização proposto pelo antigo presidente e a alegada inflexibilidade do Governo em negociar outros termos ao plano inicial, Teixeira dos Santos viu-se obrigado a revelar «uma conversa», para garantir que foi Miguel Cadilhe quem não esteve aberto a alternativas, insistindo numa proposta que sabia que não seria aceite pelo Governo.

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