A líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, disse esta sexta-feira, no Parlamento que a Assembleia da República prestou «um grande favor» ao Governo ao suspender o código contributivo. Ferreira Leite disse ainda que as divergências entre Governo e PSD, em matéria de Finanças, são «insanáveis».
«Temos programas completamente diferentes», justificou, durante o debate quinzenal com o primeiro-ministro, acusando o ministro das Finanças de ser «irresponsável» e ter tido má consciência ao ter impedido os portugueses de saber a verdade sobre as contas publicas, alegadamente para proteger os funcionários dos impostos. «É um insulto», sublinhou a líder do PSD.
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Na resposta, José Sócrates acusou o PSD de não ter nenhuma referência ao código contributivo no programa eleitoral, devolvendo a acusação de «irresponsabilidade». E voltou a defender o diploma: «O código contributivo tem opções políticas da maior importância para combater a precariedade laboral e combater aquilo que eram abusos no âmbito de muitas empresas, que não deviam ser permitido».
Manuela Ferreira Leite criticou ainda o Governo por «esconder a real situação orçamental do País». «Estamos perante um país irreconhecível, se olharmos para o que o senhor dizia em Julho. (...) Percebe-se que o senhor dissesse que era assim: era o problema das eleições. (...) O que vemos é que todos os dias fecham empresas e todos os dias há mais desemprego», acusou.
«O défice subiu para salvar a economia e o emprego, porque era imperioso que subisse para que o terceiro trimestre tivesse dos melhores desempenhos de toda a União Europeia, muito abaixo dos défice espanhol, grego e do Reino Unido», respondeu o chefe de Governo.
Relativamente às medidas anunciadas no debate parlamentar como a posposta de aumento do salário mínimo, a líder do PSD considerou que «são exactamente as mesmas medidas que nós sempre defendemos e que os senhores sempre se opuseram».
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