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Governo acusado de favorecer BES

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Costa alentejana: empreendimento em zona protegida, acusa Louçã

Actualizada às 23h

O líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, acusou hoje o governo de permitir a destruição de uma vasta zona de paisagem protegida da costa alentejana para viabilizar um empreendimento turístico do Grupo Espírito Santo na herdade da Comporta, escreve a Lusa.

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«Não é apenas a destruição de zonas protegidas que está em causa. É também a facilidade com que os negócios se fazem contra o interesse público que está aqui em causa», disse o dirigente bloquista. Francisco Louçã falava aos jornalistas durante uma visita à zona onde será implantado o futuro empreendimento turístico da Comporta, em que teceu duras críticas ao grupo liderado por Ricardo Salgado.

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«O povo tem uma expressão que se aplica muito bem ao grupo Espírito Santo: é como o piolho na costura, está por todo o lado. Investiga-se o caso Portucale - um milhão de euros nas contas do CDS - e, vamos ver: Espírito Santo», disse. «No caso dos submarinos - 24 milhões de euros que aparecem numa conta em Inglaterra - também um favorecimento do CDS - e lá está: Banco Espírito Santo», acrescentou Francisco Louçã.

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Referindo-se ao empreendimento turístico da Herdade da Comporta, o dirigente do Bloco de Esquerda lembrou que estão em causa terrenos equivalentes a «754 campos de futebol que foram retirados da Rede Natura ou da Reserva Ecológica Nacional para se poder fazer um empreendimento, porque são vários hotéis, três campos de golfe, 12.800 camas».

«Ou seja, o negócio está sempre acima do interesse público e aparece sempre o Banco Espírito Santo», frisou o dirigente do Bloco de Esquerda, assegurando que os empreendimentos turísticos da costa alentejana não constituem solução para o problema do desemprego. «A resposta para o problema do desemprego não é especulação e muito menos o enriquecimento, com negócios imobiliários, do banqueiro Espírito Santo», acrescentou.

Francisco Louçã acusou ainda o governo de ter viabilizado um conjunto de empreendimentos turísticos em zonas protegidas do litoral alentejano através dos «Projectos PIN» (Projectos de Potencial Interesse Nacional). «Somos contra o princípio dos PIN, uma lei que viola a lei, para permitir negócios que a lei não devia permitir», concluiu Francisco Louçã.

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BES reage a acusações

O Grupo Espírito Santo repudia as «insinuações» e o tom «trauliteiro» do líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã. O BES esclarece que pauta a sua conduta «pelo escrupuloso respeito das regras que regem as actividades que desenvolve» e denunciando «o tom de impunidade trauliteira» das declarações de Louçã.

No mesmo comunicado, o Grupo classifica o Bloco de Esquerda como «uma organização radical que se auto-proclama contra a iniciativa privada» e defende que «o combate político não justifica tudo, nomeadamente a mentira, os insultos e a desinformação que, infelizmente, constituem a prática do líder do Bloco de Esquerda».

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