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Autárquicas: e agora Lisboa?

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Pedro Santana Lopes e António Costa centraram as atenções da campanha autárquica na capital

A campanha em Lisboa teve de tudo. Diversão: entre a Feira Popular e o Parque Mayer. Transportes: metro; aviões (com o aeroporto da Portela); táxis; bicicletas; carros, barcos e camiões TIR (com a Terceira Travessia do Tejo e o terminal de contentores em Alcântara). Nem faltaram gatos para esmiuçar alguns candidatos.

Mas Lisboa não teve de tudo. Não teve, principalmente, debates. O único embate entre Santana Lopes e António Costa, na SIC, aconteceu em Julho. Quem se lembra? E o debate a nove candidatos na RTP, no passado dia sete de Outubro, soube a pouco.

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Passado, presente ou futuro?

Pedro Santana Lopes - Coligação «Lisboa com Sentido» - já liderou a capital e quer regressar para concluir, e não só, o que começou.

António Costa - PS - é o actual presidente da Câmara, depois de «arrumar a casas e as contas», quer mostrar trabalho.

Ruben de Carvalho - CDU - ligado à autarquia, como vereador há muitos anos quer continuar a lutar por «uma Lisboa melhor».

Luís Fazenda - Bloco de Esquerda - é o estreante das andanças, preocupado com «os negócios e a reabilitação urbana».

Mas Pedro Santana Lopes e António Costa centraram as atenções da campanha na capital. Os dois querem maioria e nenhum admite outro cenário. Por isso, a dúvida se assumem o seu lugar de vereadores, depois de uma derrota, persiste.

Alguns temas fracturantes dominaram a campanha. Santana Lopes levou para «as ruas» o novo aeroporto e o possível encerramento da Portela, um dossier onde António Costa «acabou» sozinho. Mas os contentores e a expansão do terminal em Alcântara, também levou a uma troca de mimos entre ambos.

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Mais vale só que mal acompanhado

Santana Lopes «mostrou» pouco aos jornalistas na primeira semana de campanha e optou por «ir sozinho, sem holofotes e grandes comitivas» às iniciativas. Na recta final foi «mais mediático». Tanto nos temas que lançou, como no número de acções «noticiadas». «Passos muito acelerados» nas ruas e um «ar mais sério» deram alguma «velocidade» à coligação «Lisboa com Sentido», mas falta saber se chega para cortar a meta em primeiro. «Habituado» a partir de trás, em 2001, pregou uma rasteira ao PS. Só nos últimos dias os líderes partidários, Paulo Portas e Ferreira Leite, lhe fizeram companhia.

«Do burro à bicicleta»

António Costa «arrancou» em força na pré-campanha e na campanha, quase sempre acompanhado pela comunicação social. No entanto, acabou por se «esconder» um pouco na última semana de campanha. Partindo com uma vantagem de, pelo menos, oito pontos, António Costa parece ter perdido «mão na bicicleta». Principalmente no dia em que, no fim de uma acção de campanha, houve quem levasse de «oferta "biclas"» para casa. Poderá o «criador da «metrorruada» (metro + arruada) ter planeado «um desvio» estratégico, rumo à vitória?

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Aliás, «depois da corrida entre o metro, o Porsche, o táxi e a bicicleta» a 22 e Setembro, em Lisboa, houve quem recordasse que, em 1993, quando António Costa se candidatou a Loures e queria dar visibilidade ao seu desejo do metro ali chegar, «patrocinou uma corrida entre um burro e Ferrari».

«Passos tradicionais»

Ruben de Carvalho, seguiu «os passos tradicionais» da CDU e as sondagens parecem mostrar que são precisos «novos caminhos» para mostrar «ideias». A simpatia não basta. O vereador queria mais companhia na Câmara de Lisboa - a CDU tem, actualmente, dois vereadores - mas os números não escondem o perigo do candidato «ficar sozinho».

«O fantasma de Sá Fernandes»

Já Luís Fazenda, do Bloco de Esquerda, tentou e esforçou-se. Mas o seu rosto é menos conhecido que o de Louçã ou Miguel Portas. Além disso, «o fantasma de José Sá Fernandes» andou sempre perto. Mesmo com boa música, de vez em quando, alguém «lembrava o outro "vendido"». Mas a sua eleição parece certa.

Domingo, 11 de Outubro, promete um dia longo e uma noite ainda maior. A exemplo do passado, tudo pode acontecer.

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