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Visita de Seguro aos jornalistas irrita Costa

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Episódio caricato durante a emissão do TVI24. Estalou o verniz no congresso do PS

ACTUALIZADA ÀS 21h52

António Costa estava a ser entrevistado no TVI24 quando António José Seguro decidiu fazer uma visita aos jornalistas. Depois de passar pela bancada das rádios, o secretário-geral entrou no estúdio e foi convidado para uma entrevista.

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Quem não gostou foi o presidente da Câmara de Lisboa, cujas divergências com Seguro são já antigas. Costa, que é o «número 2» da lista de Francisco Assis à Comissão Nacional, cumprimentou o líder, mas, após alguns minutos, decidiu abandonar a entrevista, saindo do estúdio ainda com o microfone da TVI. «Se não se importam eu despeço-me», disse aos entrevistadores Paulo Magalhães e Constança Cunha e Sá.

Mais tarde, António Costa recusou também uma entrevista à RTP, para evitar novo cruzamento com António José Seguro.

«Cedi naturalmente o meu lugar ao secretário-geral do PS, era impensável que não o fizesse. A minha entrevista estava dada», justificou, entendendo que «as entrevistas são individuais» e reagindo com alguma ironia: «Foi uma surpresa agradável».

O autarca criticou depois Seguro por procurar uma «intimidade» com os jornalistas para se «distinguir» de José Sócrates.

«Tem sido uma preocupação clara marcar uma distinção relativamente à anterior liderança do PS. Parece-me que se trata de uma nova etapa de intimidade entre a liderança do PS e a comunicação social», apontou.

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Bastante crítico, António Costa admitiu que o novo líder «tem tido boa imprensa». «E não precisa de procurar muito», declarou.

Para o apoiante de Assis, esta é uma forma de Seguro se «distinguir» de Sócrates, que «tinha outro género de relação com os jornalistas, menos íntima, mais concentrada nas pessoas e com menor envolvimento com a teia mediática».

Recorde-se que, já na intervenção desta tarde no congresso, António Costa tinha demonstrado alguma oposição a António José Seguro, exigindo uma oposição sem demagogia e «resistência».

O secretário-geral socialista foi cumprimentar todos os jornalistas e os técnicos presentes no congresso, visitando os bastidores e levando os repórteres até ao seu gabinete improvisado no Parque de Exposições de Braga, onde garantiu que esteve a preparar o esperado discurso de amanhã. «Está quase pronto», revelou.

Enquanto decorriam as intervenções, e em plena mesa do congresso, António José Seguro e António Costa conversaram vários minutos, muito provavelmente a debater este episódio que fez estalar o verniz no congresso do PS, contrastando com as palavras e os apelos de união que se sucedem.

Mais tarde, Seguro garantiu aos jornalistas que a sua opção foi apenas «uma acção de cortesia e de agradecimento» à comunicação social, desvalorizando as críticas de Costa.

«No PS não há rivais. Conhece algum líder democrático que não tenha críticas e que não saiba conviver com as críticas? É que se não conhecesse tem aqui um», respondeu, acrescentando que «não houve incidente nenhum».

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