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Sócrates recusa interferências do Governo no BCP

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PM defendeu a actuação das instituições de supervisão das críticas

O primeiro-ministro negou que o Governo tenha intervido de alguma forma na crise que atingiu o BCP nos últimos meses. José Sócrates desafiou mesmo a quem tem levantado suspeições relativas a este tema a prová-las, pedindo que não se tente debilitar as entidades que estão a investigar as alegadas ilicitudes praticadas no banco.

«Há uma crise no BCP há muitos meses, em todos os meses o Governo esteve distante, entregando a resolução e as soluções àqueles que devem ter a responsabilidade de as tomar, aos accionistas», disse José Sócrates no debate quinzenal que se realizou esta tarde na Assembleia da República.

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Em seguida, o primeiro-ministro garantiu taxativamente: «Nunca o Governo interferiu, sugeriu, propôs formas de solucionar a crise no BCP».

«E se alguém de forma cobarde levanta insinuações eu desafio-o a provar e a dizer quando, em que circunstâncias, o Governo interveio. Porque aqueles que levantam essa suspeição têm de a provar», disse.

José Sócrates disse ainda «lamentar profundamente» as críticas do PSD, CDS e BE às instituições de supervisão, que estão a investigar as alegadas ilegalidades praticadas no banco. «Não aceito que num momento destes se tente debilitar a autoridade das entidades de supervisão e manifesto a minha confiança nessas entidades, no Banco de Portugal, na CMVM e no DIAP, para que essas instituições possam levar a cabo as investigações que estão a decorrer sobre factos gravíssimos do nosso sistema financeiro».

Críticas a Louçã

Sobre este tema, o primeiro-ministro deixou ainda uma farpa ao líder bloquista Francisco Louçã. «Desculpe deputado Francisco Louça, mas tenho de lhe dizer isto: durante anos ouvimos o BE, à mínima suspeita, à mínima notícia, lançar as maiores suspeições e até acusações a actividades de bancos em Portugal, não lhe ouvi ainda uma palavra de crítica a eventuais irregularidades».

E perante os protestos vindos da bancada do BE, Sócrates questionou: «Alguém ouviu o senhor deputado Francisco Louça dizer que estas investigações têm de ser levadas até ao fim neste debate? Lamento, não ouvi, senhor deputado».

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