Já fez LIKE no TVI Notícias?

BCP: Menezes critica mudança de gestores para CGD

Relacionados

«Isto só acontece em economias de mercado do quarto mundo», diz

O presidente do PSD, Luís Filipe Menezes, disse este domingo ser do «quarto mundo» a passagem de dois responsáveis «politicamente marcados» de uma instituição bancária pública para um banco privado «rival», noticia a Lusa.

Luís Filipe Menezes referia-se à saída de Carlos Santos Ferreira, Armando Vara e Victor Fernandes da administração da Caixa Geral de Depósitos para se candidatarem à liderança do BCP.

PUB

«Em relação ao BCP, independentemente de serem os accionistas a tomarem as decisões, é bizarro que, numa economia de mercado escorreita que dois dos principais responsáveis marcados politicamente de uma instituição financeira estatal que lidera o mercado, passem para o banco rival no mesmo dia», afirmou Luís Filipe Menezes.

«Quarto mundo»

«Isto só acontece em economias de mercado do quarto mundo», referiu ainda, após um encontro com Miguel Albuquerque, presidente da Câmara Municipal do Funchal e apoiante da sua candidatura à liderança do partido.

O líder do PSD defendeu ainda que em muitas circunstâncias «até deveriam existir regras que impedissem que isso acontecesse, na medida em que essas personalidades, independentemente do seu valor técnico, mas muito marcadas politicamente, levam atrás de si carteiras de clientes, know how estratégico, algo de inaceitável do ponto de vista da concorrência».

PSD quer ouvir ministro e governador do Banco de Portugal no Parlamento

PUB

Menezes anunciou ainda que o PSD vai chamar ao Parlamento o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, e o governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio para «explicarem se tiveram ou não conhecimento de alguns dos factos» relacionados com «a gestão bancária de alguns administradores do BCP» em 2004.

Nesse ano, Constâncio já era governador do Banco de Portugal e Teixeira dos Santos era presidente da Comissão do Mercado de Valores Imobiliários (CMVM).

Sobre a nomeação do ex-monistro e militante do PSD Faria de Oliveira para presidente da CGD, Luís Filipe Menezes lembrou que «em Portugal, com a superintêndencia do sistema financeiro do Banco de Portugal e com um banco público com o peso que tem a Caixa Geral de Depósitos, há uma tradição a ser respeitada que é haver, pelo menos do ponto de vista simbólico, um equilíbrio de poderes entre estas duas instituições».

«Sempre foi assim no passado, sempre deve ser assim no futuro», disse, contrapondo que não lhe interessa «a conversa do Bloco Central», «trata-se de sensatez».

O líder do PSD nacional comentou ainda a reacção de alguns ministros à sua posição na questão das lideranças do BCP e da CGD, afirmando que as declarações que lhe foram dirigidas são «algo a que, em 30 anos» nunca assistiu «do ponto de vista de má educação, de insulto, de insolência e de arrogância intolerável numa democracia em que todos nos devemos respeitar uns aos outros».

PUB

Relacionados

Últimas