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«Quatro razões para quem votou PS votar agora no BE»

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Francisco Louçã vestiu novamente a pele de protagonista da noite. Até deu para comparar Vital Moreira com Manuela Ferreira Leite

Uma túnica, umas calças de ganga e uns ténis. Uma figura informal, em cima do palco do Conservatório Regional de Faro, como se de uma peça de teatro se tratasse. Assim apareceu Francisco Louçã esta sexta-feira, como uma espécie de entertainer do público algarvio.

O discurso, ou guião até, estava preparado: o bloquista puxou dos galões de líder para se dirigir concretamente «a quem votou PS há quatro anos e agora se sente enganado», «porque é deles que dependem estas e as próximas eleições». «Vou dar-vos quatro razões para agora votarem no BE», anunciou.

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«Vital Moreira acordou tarde para a roubalheira»

«Responsabilidade» foi a primeira. Louçã recordou a «conspiração» entre José Sócrates e Durão Barroso, os «manhosos», «para evitarem o referendo que tinham prometido sobre o Tratado de Lisboa» e assim «impedirem a democracia», juntou-lhe a eleição adiada do provedor de Justiça e concluiu que «só o BE foi responsável».

Seguiram-se a «prioridade social» e o «combate ao desemprego». E aqui revelou «o erro geográfico de Vital Moreira», quando «anunciou que as minas de S. Domingos iam abrir». «Eram as de Aljustrel», corrigiu, precisando que o socialista prometeu empregos «para 100, 200 ou 300 pessoas»: «Ele não sabe e não se interessa quantos são. Nós sabemos e interessamo-nos.»

À terceira foi a vez das «roubalheiras». O BPN, o BPP, a supervisão do BdP. «O BE propôs o registo de transferências de fundos de qualquer banco português para qualquer offshore, mas eles não deixaram. São as roubalheiras», acusou.

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Por último, o bloquista referiu a «dimensão da crise» para antecipar que «vêm aí restrições orçamentais mesmo depois da recessão». «Eles não aprenderam nada, querem manter tudo na mesma. Mas nós somos a esquerda nova e é por isso que o PS tem tanto nervosismo em relação ao BE. Nós queremos derrotar esta situação podre», disse.

Mas Francisco Louçã não se ficou pelo apelo ao voto. A «confusão» no PS foi aproveitada para uma comparação no mínimo polémica: «Vital Moreira é um pouco como Manuela Ferreira Leite. Diz uma coisa e depois leva dois dias a desmentir-se, a corrigir-se, a mostrar que não sabe o que quer.»

Fotos e vídeos da campanha num blog especial

Antes, já o cabeça-de-lista tinha feito um «balanço da campanha», num discurso original, na medida em que a palavra mais dita foi «Europa». Miguel Portas fez questão de se dirigir a pescadores, agricultores, professores, falou de escolas, de fábricas e de ambiente. E resumiu a sua candidatura numa proposta já anunciada: «Queremos um fundo complementar de apoio às Seguranças Sociais mais fracas, indo buscar os recursos aos paraísos fiscais, às bolsas e à evasão fiscal.»

Para o eurodeputado, o objectivo é claro: «A partir de 7 de Junho, começaremos a construir o fim da maioria absoluta, da arrogância absoluta que nos tem governado. Podemos ter um grande resultado. Está na hora de mudar isto.»

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