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«Pôr fim à maioria absoluta PS é uma questão de sanidade mental»

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Miguel Portas discursou perante algumas centenas de pessoas em Lisboa. Professores também lá estiveram

Fim de tarde quente em Lisboa, não só pelas altas temperaturas, mas também pelos 80 mil professores que se manifestaram, mais uma vez, contra as políticas de José Sócrates e Maria de Lurdes Rodrigues.

Muitos deles acabaram o protesto no Rossio, com o comício do Bloco de Esquerda, e ouviram o agradecimento «muito especial» que Miguel Portas lhes dirigiu: «Podemos ter ou não ter Magalhães nas nossas escolas, mas o que não podemos ter são professores desmotivados.»

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Para o cabeça-de-lista do BE, «está na hora de deitar à esquerda», colocando um ponto final na maioria absoluta de José Sócrates. «Pôr fim á maioria absoluta é uma questão de sanidade mental», garantiu.

No discurso, Portas insistiu na ideia de crise e nos escândalos bancários, levando o público a assobiar em dois momentos: na referência à menção honrosa atribuída por «uma singela associação de empresários» a João Rendeiro, ex-presidente do Conselho de Administração do BPP; e ao dizer o nome de Vieira da Silva, ministro do Trabalho.

«A resposta a essa crise não pode continuar a insistir na receita que nos conduz para a desgraça, seja ela em tons de rosa ou de laranja. Só mudando de terapeutas curaremos a doença», disse.

Por isso, Miguel Portas dirigiu-se especificamente a quem já votou PS e PSD. «Digam a José Sócrates o que vos vai verdadeiramente na alma. Ele não merece o vosso voto e muito menos o merece Vital Moreira por nomeação», apontou.

No entanto, para o bloquista, «a alternativa a José Sócrates também não é Manuela Ferreira Leite», porque «em Portugal e na Europa, as elites do PS e do PSD são como a Pepsi e a Coca-Cola»: «São diferentes, pois claro, só que não se nota.»

Depois da primeira reacção ao desafio de Ilda Figueiredo sobre os salários dos eurodeputados, Miguel Portas foi mais cauteloso no discurso, entrando numa espécie de união com a CDU. «É sabido que os eurodeputados de esquerda não enriquecem com a representação em cargos de eleição», assegurou.

Os deputados Ana Drago e Luís Fazenda também discursaram pela primeira vez durante a campanha. A bloquista concentrou-se na luta dos professores, que garantiu serem «a voz mais forte e ousada» em Portugal. Já o candidato à autarquia de Lisboa criticou as campanhas do PS e do PSD, «o Bloco Central de interesses» e o Banco Central Europeu, que considerou «um tesourinho deprimente».

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