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BE critica aulas em contentores

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Situação afecta 400 alunos de Torres Vedras e acontece «por todo o país»

Os deputados Francisco Louçã e Ana Drago do Bloco de Esquerda (BE) criticaram esta quinta-feira o Governo por haver alunos a ter aulas em contentores «um pouco por todo o país», após o encerramento de escolas do primeiro ciclo.

«Estão a fechar muitas escolas, mas não há financiamento sequer para um terço das escolas que são necessárias para colocar estas crianças», advertiu Francisço Louçã, referindo-se ao facto de os próximos fundos comunitários serem «insuficientes» para as novas escolas que o Ministério da Educação pretende construir, de modo a dar cumprimento às cartas educativas.

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Educação: problemas nas escolas

Os dois deputados visitaram esta quinta-feira duas escolas em Torres Vedras, um dos concelhos onde a autarquia aguarda pelos novos fundos comunitários para construir novos estabelecimentos escolares.

Até que isso aconteça, 400 alunos deste concelho estão a ter aulas em pavilhões pré-fabricados ou em espaços improvisados nas colectividades, após o encerramento de várias escolas do primeiro ciclo.

«As Câmaras candidataram-se a fundos europeus e não há resposta, portanto temos a situação de crianças que estão a ter aulas em grupos desportivos ou em contentores», criticou Ana Drago.

Para a deputada é inadmissível que «próximo de Lisboa quase meio milhar de crianças que estão a ter aulas em condições absolutamente indignas no século XXI e num país europeu».

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Ambos constataram que na Escola Básica Padre Francisco Soares (2º e 3º ciclos) existem 150 alunos do primeiro ciclo que têm aulas em sete pavilhões pré-fabricados, onde chegou a ser vedada inicialmente a entrada de jornalistas e repórteres de imagem.

Já na localidade de Palhagueiras, que esteve também na rota da comitiva bloquista, uma turma de vinte alunos foi transferida para uma sala adaptada da colectividade, com janelas apenas junto ao tecto e onde por baixo funciona um café, após o encerramento da escola de Boavista-Olheiros no ano lectivo de 2006/2007.

É aí que são também servidas as refeições a um total de 40 alunos, obrigados a atravessar várias vezes ao dia e sob vigilância dos adultos a estrada nacional que atravessa a localidade.

Para Francisco Louçã, o que está a acontecer em várias zonas do país é o reflexo do «economicismo do Governo que conduz à mesquinhez», ao «desprezar as pessoas» e fechar escolas.

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