O deputado do PCP Agostinho Lopes considerou esta quarta-feira que a decisão do juiz de instrução do processo Face Oculta de suspender de funções do presidente da REN, José Penedos, «envergonha o Governo e o próprio».
Marcelo comenta suspensão de Penedos
PUB
Em declarações aos jornalistas, o deputado comunista defendeu que o presidente do conselho de administração da REN, envolvido no caso Face Oculta, já deveria ter-se afastado da empresa ou então o governo deveria tê-lo feito.
Esta decisão judicial, conhecida hoje, «é um atestado que envergonha o governo e o próprio», considerou Agostinho Lopes.
Presidente da REN suspenso de funções
O PCP já tinha questionado o Governo sobre o que pretendia fazer quando foi noticiado que José Penedos não apresentou as declarações de rendimentos junto do Tribunal Constitucional, a que era obrigado pelas suas funções na empresa pública, sustentando na altura que o gestor não tinha condições para se manter à frente da REN.
Já o Bloco de Esquerda considerou que a suspensão de funções de José Penedos tem «um significado indiscutível» e desafiou o Governo a explicar «porque não tomou nenhuma medida preventiva» neste caso.
PUB
Em declarações à agência Lusa, o deputado do BE Fernando Rosas defendeu que a decisão «tem um peso alarmante», pedindo «celeridade» à Justiça.
«Isto é de um significado indiscutível, ou seja, o presidente de uma das empresas estruturantes da economia do país, acusado de corrupção passiva e que se mantém em liberdade porque paga uma caução de 40 mil euros (...) significa que há aqui, aparentemente, do ponto de vista dos juízes, uma rede mafiosa de corrupção na administração pública ao mais alto nível», referiu Fernando Rosas.
Rosas disse ainda esperar que o caso Face Oculta não seja «outro Freeport ou outro caso Casa Pia».
PUB