Manuela Ferreira Leite questionou esta manhã a razão de só agora terem sido apresentadas novas medidas de apoio ao Ensino Superior , numa altura de crise, após quatro anos de «estrangulamento financeiro das instituições». Para a líder do PSD, José Sócrates, com este «estrangulamento», atrasou a formação dos jovens por uma «questão de embirração».
«Faça o que anuncia e não anuncie coisas que não faz»
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Na sua intervenção durante o debate quinzenal com o Governo no Parlamento, Ferreira Leite disse que durante os últimos quatro anos foi «público» e «palco de enormes contestações, o estrangulamento financeiro das instituições». «Aquilo que não entendo é o que se passou entretanto, porque afinal existem esses meios», frisou a social-democrata.
«Não houve nada de novo que pudesse justificar o acordo que foi feito com as universidades», disse ainda Ferreira Leite, querendo saber depois qual a razão de ter existido um «estrangulamento» das instituições do Ensino Superior nos últimos anos se afinal há agora condições para anunciar apoios, numa situação de crise.
«O senhor, provavelmente, por uma questão de embirração, atrasou a formação desses jovens», concluiu Ferreira Leite.
Em resposta a estas interpelações, José Sócrates respondeu que «o que se passou nestes últimos quatro anos é que as universidades e os politécnicos fizeram mais com menos».
O primeiro-ministro defendeu ainda que o que permite aumentar agora os apoios é a melhoria alcançada na eficiência do sistema público de ensino e a «reforma na gestão das universidades».
O chefe de Governo acusou ainda Manuel Ferreira Leite de «azedume», por causa do «Contrato de Confiança» assinado com as instituições de Ensino Superior, recordando a prestação da líder do PSD enquanto ministra da Educação, quando esteve no Executivo.
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