O Governo vai criar novos cursos de Medicina e dar prioridade ao reforço da formação nesta área, anunciou esta terça-feira o ministro do Ensino Superior.
Mariano Gago, que falava na Universidade de Aveiro, durante a cerimónia de criação do curso de Medicina, rejeitou a ideia de não se abrirem mais cursos, conforme defendem alguns sectores na área da saúde.
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«Com certeza que não. O modelo que foi agora aqui desenvolvido entre Aveiro e o Porto mostra também que há um caminho de coordenação das universidades que se vai seguir no futuro. Não vai haver nenhuma dispersão. No futuro vamos ter cada vez mais novos cursos, naturalmente. Mas muito maior coordenação e integração das competências das universidades, com plataformas de formação mais fortes para os alunos em Portugal», disse Mariano Gago.
O ministro adiantou que «o reforço do ensino de Medicina em Portugal, em quantidade e em qualidade», está nas prioridades do Governo.
«Todas as propostas que têm sido feitas de criação de cursos de Medicina em Portugal têm sido sujeitas a um processo de avaliação internacional extremamente rigoroso, porque queremos que a qualidade de formação dos médicos aumente», disse Mariano Gago, que não quis responder às críticas do bastonário da Ordem dos Médicos, que tem questionado a qualidade da formação dos novos cursos e realçado que o problema não é a falta de médicos, mas a sua distribuição.
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O curso de Medicina da Universidade de Aveiro foi hoje apresentado pelo ministro do Ensino Superior, que o considerou «inovador» por resultar de um consórcio entre a Universidade de Aveiro e a Universidade do Porto.
O curso tem uma duração de quatro anos, destina-se a licenciados e vai arrancar em 2011, com 40 alunos.
A Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM) manifestou-se hoje contra a criação de um novo curso de Medicina em Portugal, alegando que o modelo e a sua implementação não estão adequados à realidade nacional.
O novo curso de Medicina da Universidade de Aveiro, hoje apresentado, é o segundo em Portugal destinado exclusivamente a já licenciados, um modelo de formação que arrancou este ano lectivo na Universidade do Algarve com um grupo de 32 alunos.
Para a ANEM, Portugal tem um «problema de distribuição de médicos por região e especialidade, não um défice do seu número total, que se encontra acima da média europeia».
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