As universidades nacionais manifestaram interesse em acolher alunos portugueses a estudar medicina no estrangeiro, anunciou esta terça-feira a ministra da Saúde, escusando-se a avançar prazos para concretizar esse propósito.
Ana Jorge adiantou que uma das medidas para contornar o problema da falta de médicos é a criação de mais cursos e recordou que as vagas para medicina nas universidades portuguesas cresceram 40 por cento nos últimos cinco anos.
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Outra medida, anunciada pela ministra numa entrevista à Lusa no início deste ano, passa por convidar estudantes de Medicina que estão a tirar o curso no estrangeiro a terminarem a sua formação em Portugal.
Ana Jorge adiantou que tem mantido negociações com as universidades, que manifestaram interesse em acolher estes alunos portugueses, mas não disse quando será possível arrancar com a integração destes alunos.
«Temos de criar condições que sejam apelativas para eles [estudantes no estrangeiro], para o regresso no final do curso ou eventualmente o último ano do curso. Neste momento ainda não é possível fazê-lo, a não ser no fim do curso. Todos os que queiram regressar a Portugal no fim do curso entram como os outros médicos e nós contamos com eles para a criação das especialidades e para o ingresso no internato médico», disse Ana Jorge, em Aveiro.
A ministra falava na cerimónia de criação do novo curso de Medicina na Universidade de Aveiro, momento que classificou como «uma boa notícia para o Serviço Nacional de Saúde».
«Estamos a formar uma nova geração de clínicos», disse Ana Jorge, que adiantou que nos últimos cinco anos as vagas em Medicina cresceram 40 por cento, em grande parte devido aos novos cursos de Beira Interior, Minho, Algarve e agora Aveiro.
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