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Maddie: sr. ministro, explique-se

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CDS-PP quer ouvir Alberto Costa sobre declarações de «extrema gravidades» do director da PJ, que admitiu ter havido «precipitação» na constituição dos McCann como arguidos. Casal já pediu alteração do estatuto. Ministro disponível para ir ao Parlamento. Ministro decidiu não demitir director da PJ

[Actualizada às 11 e 30 horas]

O CDS/PP vai pedir a presença no parlamento do ministro da Justiça, Alberto Costa, para explicar as declarações do director Nacional da Polícia Judiciária, disse esta quinta-feira à Lusa o deputado Nuno Melo. As declarações de Alípio Ribeiro estão também a causar algum mau-estar dentro do PS. Jorge Coelho já disse que «foram infelizes», mas não defende a sua demissão.

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Entretanto, ao final da manhã, fonte do gabinete do ministro da Justiça já fez saber que Alberto Costa está disponível para prestar declarações no Parlamento.

Recorde-se que o director Nacional da PJ, Alípio Ribeiro, disse sábado, em entrevista ao programa «Diga Lá Excelência», da Rádio Renascença, que poderá ter havido precipitação na constituição como arguidos dos pais da menina inglesa desaparecida de um aldeamento turístico no Algarve, em Maio de 2007.

Esta quinta-feira, o ministro da Justiça manifestou confiança no director Nacional da PJ: «O facto de o director nacional da PJ continuar em funções significa tudo o que penso sobre essa matéria».

Maddie: declarações «complicadas»

McCann: PJ admite «precipitação»

Para o CDS/PP, a reacção do ministro da Justiça foi «completamente insuficiente» tendo em conta que Alípio Ribeiro fez «uma declaração de extrema gravidade». «Isto é demasiado sério, grave e extremo para que o Sr. ministro da Justiça diga simplesmente o que disse», defendeu Nuno Melo. O deputado do CSD/PP sublinhou igualmente que a declaração de Alípio Ribeiro «matou a investigação criminal», uma vez que afectou o Ministério Público no que toca à credibilidade de uma investigação criminal.

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O processo do desaparecimento da menina britânica Madeleine McCann é o «mais mediatizado de sempre da PJ portuguesa», referiu, adiantando que a declaração «além da questão judicial, afecta directamente a imagem de Portugal no mundo».

«Das duas uma: ou a afirmação do director da PJ é verdadeira, e isso significaria um sistema judicial completamente fora de controlo, ou a afirmação é falsa e nesse caso o Dr. Alípio Ribeiro não podia ficar nem mais um dia à frente da PJ», sublinhou. Segundo Nuno Melo, Alberto Costa não devia demitir Alípio Ribeiro mas sim dar explicações.

Declarações «infelizes»

Primeiro no programa «Quadratura do Círculo», na SIC e, depois na TSF, Jorge Coelho considerou que as declarações de Alípio Ribeiro foram infelizes, mas defendeu que o responsável máximo da PJ não deve ser demitido, mas deve explicar-se. «Acho que se tinha muito a ganhar se o senhor director da PJ pudesse explicar porque pode ter perfeita justificação e razão naquilo que referiu», disse.

Aliás, acrescentou, o ministro da Justiça já deverá estar na posse das justificações que Alípio Ribeiro deve ter para ter falado em precipitação na atribuição do estatuto de arguido a Gerry e Kate McCann a avaliar pela posição tomada por Alberto Costa de manter o director nacional da PJ no seu cargo.

Já o ex-bastonário dos advogados e actual advogado português dos McCann, Rogério alves, considerou, em declarações à TSF, que o que Alípio Ribeiro disse «é absolutamente normal». Simplesmente disse, «com honestidade, que provavelmente terá havido precipitação», acrescentou.

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