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Santos Silva: «A crise é o oxigénio da oposição»

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Ministro da Defesa encerrou o debate do Orçamento do Estado confiante que os portugueses vão continuar a confiar neste Governo

Coube ao ministro da Defesa encerrar a discussão do Orçamento de Estado para 2011, o que motivou alguma turbulência na sala. Augusto Santos Silva empenhou-se então em enumerar as medidas do seu Governo desde 2005 e em criticar uma oposição «anémica» em ideias e propostas.

«A primeira questão política que se coloca é: quem está à altura da exigência da hora presente? O Governo apresenta modestamente os seus créditos», começou, lembrando a «resolução» da «grave crise orçamental» que José Sócrates «herdou em 2005» de Santana Lopes.

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«Este Governo nunca governou sem ser em tempos difíceis», desabafou Santos Silva, questionando: «Em quem deve o país confiar neste novo tempo de exigência? Em quem impulsionou as reformas necessárias no tempo próprio ou em quem sempre se manifestou contra tais reformas?»

Para o ministro da Defesa, o «erro fatal» da oposição está relacionado com a crise e a «cegueira do preconceito» que leva os outros partidos além do PS a culpar «exclusivamente» o Governo português.

«Olham para a crise menos como uma emergência que é preciso enfrentar, mas mais como uma oportunidade caída dos céus para desgastar e quiçá derrubar o Governo. A crise não é o problema, é o oxigénio de uma oposição anémica em ideias e propostas», criticou.

À esquerda, Santos Silva lamentou o discurso «oco» e «moralista» de Bloco, PCP e os Verdes e, à direita, veio à baila «o pimba», expressão utilizada ontem por Ribeiro e Castro.

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«Bem pode Paulo Portas esforçar-se por ganhar o Óscar de melhores efeitos especiais pelo lugar que escolheu de não responsabilidade», ironizou, apontando a «brejeirice» da referência à música, embora se tenha enganado no autor, que é Emanuel e não Quim Barreiros, como referiu o ministro.

Para o PSD ficou reservado o elogio das «palavras de sensatez e responsabilidade» de Manuela Ferreira Leite, junto com o aviso: «Não se pode ser parceiro e adversário, aliado e inimigo, contente e descontente consigo próprio.»

Para terminar, e como receita para enfrentar os tempos que se adivinham, uma citação de Fernando Pessoa: «Eu sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura.»

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