ACTUALIZADO ÀS 14H30
Os projectos de resolução da oposição pela suspensão do processo de avaliação dos professores foram esta sexta-feira «chumbados» pelo PS, numa votação em que seis deputados da maioria, entre eles Manuel Alegre, «furaram» a disciplina de voto, refere a Lusa.
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Os projectos de resolução do BE, PCP, PSD, PEV e da deputada não inscrita Luísa Mesquita tiveram o voto favorável de cinco deputados do PS - Manuel Alegre, Teresa Portugal, Matilde Sousa Franco, Eugénia Alho e Júlia Caré.
No caso do texto do CDS, juntou-se mais um deputado socialista ao voto favorável - João Bernardo - e uma deputada absteve-se - Odete João.
A votação da resolução dos democratas-cristãos suscitou dúvidas à bancada proponente que pediu uma recontagem «em contraprova», nas palavras do presidente da Assembleia da República, Jaime Gama.
Recontados os votos, Gama anunciou que o texto foi chumbado com o voto contra de 101 deputados, os votos a favor de 80 deputados e uma abstenção.
PSD desvaloriza
O líder parlamentar do PSD desvalorizou esta votação, argumentando que «os números decisivos» foram os da bancada socialista.
Questionado à saída do plenário se a ausência de três dezenas de deputados do PSD na votação não terá sido decisiva para o ¿chumbo¿ dos diplomas, Paulo Rangel considerou que a falta dos parlamentares sociais-democratas «não teve relevância para a votação». «Os números decisivos foram os do PS», argumentou, insistindo que uma «vitória» só seria possível se 13 deputados da maioria socialista votassem «contra a orientação» da sua bancada.
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Paulo Rangel lembrou, a propósito, que a maioria socialista dispõe de 121 deputados e a oposição apenas 109, ou seja, mesmo que as bancadas do PSD, CDS-PP, PCP, BE e Os Verdes não registassem ausências os diplomas seriam chumbados.
Interrogado se a oposição não poderia, mesmo assim, ter aprovado os diplomas já que também a bancada socialista registava algumas ausências, o líder parlamento do PSD persistiu na tese de que foram os parlamentares socialistas que ¿chumbaram¿ os projectos e resolução. Porque, acrescentou, se também os deputados do PS estivessem todos presentes, o diploma seria sempre ¿chumbado¿.
Paulo Rangel assegurou ainda que «a bancada foi toda mobilizada e chamada» para a votação destes diplomas, apesar de 30 deputados terem acabado por não estar presentes. «A bancada foi toda mobilizada e chamada. Depois, cada uma assume a sua responsabilidade», salientou.
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