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CIA: Portugal repudia e condena relatório

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Governo diz que autores tratarem de «forma leviana» dados já conhecidos

O Governo português repudiou esta terça-feira o relatório britânico que aponta para a participação activa de Portugal no transporte ilegal de presos para Guantánamo e acusou os autores do documento de tratarem de «forma leviana» dados já conhecidos, noticia a Lusa.

«Naturalmente, repudiamos as conclusões a que esse relatório chega», disse à Agência Lusa o secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Manuel Lobo Antunes, numa primeira reacção oficial ao relatório da ONG britânica Reprieve, que afirma que mais de 700 suspeitos de terrorismo foram ilegalmente transportados para o campo de detenção da base militar norte-americana de Guantanamo, em Cuba, com a ajuda de Portugal.

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«Manifestamos a nossa condenação, a nossa rejeição e também a nossa indignação (...) tendo em conta que o Governo português prestou todas as informações de que dispunha, com toda a transparência», acrescentou.

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O secretário de Estado frisou também que o relatório lista «dados já conhecidos» que «trata de forma leviana» para chegar a conclusões que o Governo recusa totalmente.

«As listas de voos apresentadas já são públicas (...) E a grande maioria dos casos são sobrevoos do território português de aeronaves que teriam - e nem isso foi provado - detidos a bordo», disse, reafirmando a indignação do governo português com estas conclusões.

«Queremos dizer, de forma muito clara para que ninguém tenha dúvidas, que não aceitamos as conclusões deste relatório», concluiu.

A Reprieve, organização não-governamental criada por advogados, em 1999, para prestar representação legal a presos que enfrentam a pena de morte, divulgou um relatório em que afirma ficar «claramente demonstrado» que o Governo português teve «um papel de apoio de relevo» no transporte ilegal de 728 dos 774 suspeitos de terrorismo para o campo de detenção da base norte-americana de Guantánamo.

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